© by Wagner Ortiz Reg. BN 178-2/299-3 PPF8
27 de Janeiro
Vale a pena?
Vale a pena
Aborrecer-me à toa
Com coisas tão pequenas?
Que nada é esse que me atordoa?
Há nadas querendo ser tudo,
Motivo para eu ficar assim: sisudo,
Calado, quedo e mudo.
Vale a pena
Esses nadas se tornarem tudo
Se quem os cria é somente infeliz?
Não! Não vou ouvir coisas banais.
Não vou permitir a infelicidade valer.
Vale a pena rotular isso ou aquilo? Não!
Então, deixe que se explodam quem o faz.
Vale a pena
Calar-me, quedar-me mudo?
Nunca! Antes fale eu sozinho!
E Vale a pena
Aborrecer-me com um verso danado?
Claro, isso sim!
Pois vou pegá-lo e transformá-lo,
Chamar-lhe cabra safado,
Colocar-lhe onde me sirva,
Seja ele reto ou discreto,
Abobado ou sopapado,
Rimado ou abestalhado,
Seja trovado ou branquelo
Vou usá-lo, vou laçá-lo.
Então, vale a pena poetar?
Se o nada quiser briga, não!
Se o nada quiser ser verso, depende.
Se o verso fizer birra, sim!
E se a infelicidade quiser falar, não para ela!
Então é isso,
O que me importa
É se vale a pena!
©Wagner Ortiz
Todos os direitos reservados.
BN Reg. 178-2/299-3
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