domingo, 25 de novembro de 2018

Reflexão


Sempre me seguindo,
Ainda que eu pense que estou sozinho;
Amada, como a brisa
Sopra suave no silêncio.

Eu, poeta, leio, mesmo silêncio,
Entendendo cada teu momento.
Compreendendo, atento
A tua sábia reflexão.

O teu sorriso é mar,
Tua alma espalmada
Que tem revolta, medo
Da minha alma grande.

Eu entendo, mete medo,
Pois homem nenhum viu
A tua alma nua, plena de grandeza
E tua sede por compreendê-la.

A mim, poeta, só resta linhas,
Lidas no profundo do teu olho,
Onde traduzo essas almas,
Seguro da minha, tua, razão de amar.

Copyright Wagner Ortiz
BN 178:45 Hg 25111837

Ternura


Coisa rara: ternura.
E eu cheio por ti.
Diferente de paixão,
Muito mais forte que tesão.

Ternura: coisa delicada.
E repleto no coração.
Diferente do interesse,
Mais forte do que o corpo.

Ternura: só da alma.
Tamanha grandeza, de apuro
Que chega dar medo
Em quem sente de repente.

Ternura: cortesia amável
Em que confiando, desabrochar-se-á,
Tornar-se-á doce puro amor
De gratidão imensa.

Ternura, infinda em mim,
Esperando a hora,
O teu convite a se dar,
O despertar do teu peito.

Ternura: honesta sinceridade,
Afável seus modos,
E eu, continuo, ouço-a, ouso
Não desisto de achar seu pouso.

©Wagner Ortiz
BN 178-4578BVH251118

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Alma Nua


Teu céu sereno,
Meu mel moreno,
Deu Deus dádiva
À nossa alma nua.

Meu sol solene,
Tua lua luminosa,
Energia pura purifica
A nossa alma nua.

Teu coração corado,
Meu peito pleito,
Enamorados, mal amados,
A nossa alma nua.

Que tal zelo, apelo,
Que o encanto tanto,
Seja ainda alegria
Em nossa alma nua.


Wagner Ortiz
BN 178-456221118erF

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Ouvido de Pedra


O som que soava
Sempre amou
O ouvido lhe tocava.

Mas o ouvido
Que já fora ferido, soluçava,
Duvidando-o, o rejeitou

O ouvido cego
Nos seus caprichos, medo
Ao som se endureceu.

Tamanha era pedra,
Que o som na tristeza
Se emudeceu.

Mas não era assim,
Não fora o determinado,
O Criador assim não os fizera.

O som que se continha,
Chorava doído e sentia,
Simplesmente soou.

Logo, o som era energia,
Atravessando a pedra dura,
Do ouvido que se fizera, a arrebentou.

A dureza era medo, que pó virou,
O ouvido novamente ouviu
O coração no meu peito, que é só teu.

Wagner Ortiz Copyright
BN 178.5673.678 211118




terça-feira, 20 de novembro de 2018

É possível


É possível

Se me é tão pura,
Se me é tão boa,
Se me é tão cara,
Se me é tão leve.
É possível!

Já que a vida é vontade,
Já que a história é contada,
Já que te segue o sorriso,
Já que te deu forças para seguir.
É possível!

A vontade é pura, vá!
A história é boa, vá!
O sorriso é caro, ria mais!
A força é leve, vai te levar!!

Quando vale a pena, acredite!
Vale a vontade,
Vale a história,
Vale o sorriso.

Pois se te transformou,
Pois se te alegrou,
Pois se te lembras:
É possível!!

Wagner Ortiz#
BN 178.6546.86

segunda-feira, 19 de novembro de 2018

Escolhas e Certezas


A certeza não é dádiva;
Escolha é dádiva, pois se faz no espírito.
Que vantagem há na certeza
Se só há certeza da morte?

A escolha é sorte,
Logo, toda vida.
Pois todas decisões humanas
Dependem de escolhas.

A certeza, das coisas da vida, nunca é.
Pois desde o passado
Nenhuma certeza sobreviveu,
Nenhum ser está certo do amanhã.

Mas, ainda assim, na arrogância,
Busca-se certezas, sozinhos,
Em busca de conforto,
Só por medo do que virá.

Ah, a certeza é o caminho mais fácil.
Mas “pequeno é o portão”,
Então se acredita
Para fazer a melhor escolha.

“Estreito é o caminho”. De fato,
Mas sempre acreditar
Que o Criador dá vida,
Não o poder da certeza.

Crendo, melhorando,
A cada dia crescendo.
E, se desejo ser feliz,
A escolha será minha.

Pois na felicidade
Não há certeza alguma,
Simplesmente porque a felicidade é um caminho,
Esse caminho onde construo com minhas escolhas.

À felicidade só há um caminho:
Na boa escolha, onde elimino o medo,
No Equilíbrio, onde gero segurança
E no amor e no perdão, onde gero confiança e possibilidade.

Acredito na fé, nas minhas escolhas,
Não desistirei do que acredito,
Não desistirei da flor e do amor,
“Pois o amor é mais forte que a morte.”

Wagner Ortiz
Sociedade Homolitteras 2018
BN Reg.178/254-299/356260718.19111757 - © by Wagner Ortiz

Morada da Flor


Onde eu quero morar
Há um sabor macio,
Contentamento infindo.

Depressa demais, chorar,
Mas o meu desafio:
O olor da flor seguindo.

Onde eu quero morar
A amorosa namora,
Comigo sempre rindo.

Eu digo em um respirar
Que não me calo agora,
Com Deus sempre indo.

Onde eu quero morar
Ela sabe, só amor há,
Que dito foi, destino.

Onde eu quero morar:
No teu peito amora,
Que me cora felino.

Eu não deixo seu olhar
Sequer solto segundo,
Pois nele me obstino.

Onde eu quero morar
É onde eu quero um mundo,
Onde Deus é divino.

Onde eu quero morrer
É onde, eu, por um segundo,
Vi onde quero chegar.

Ah, se pudesse mudar,
Ah, se pudesse entender,
Ah, se pudesse...
Eu diria:

Onde eu quero morar
É onde eu quero um mundo,
Onde Deus é divino.

Sociedade Homolitteras 2018
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domingo, 4 de novembro de 2018

Meu Jardim da Flor


Meu Jardim da Flor

No Monte Kemel
Mora a flor da minha vida.

Minha Rapunzel,
Eu a fiz uma rainha.

Plantei uma vinha 
No reino de paz e de amor.
Só em meu sabor,
De bem e benfazejo.

De meu bom desejo,
Por querer-te assim, primaz;
Eu fiz um jardim secreto
Onde teu olor se perfaz.

Meus olhos são as portas,
Sedentos; minha alma aflita
Que sempre esperou visita,
Mas será que a bela vai entrar?

Branca e vermelha diz sim,
E o sonho junto, delicado,
Fecunda o sentimento puro
No meu jardim da flor.

No Monte Kemel
Com teu sândalo e almíscar,
Viva flor da minha vida,
Brote, atre[vida] no meu peito.

Sociedade Homolitteras 2018
BN Reg.178/254-299/356260718.0411 - © by Wagner Ortiz