24 de Janeiro
Pena
Sorriso triste, escondida flor,
Em negrume zonzo, dissabor.
Bocas espumadas comem
O pueril cândido Homem.
Pena branda acalenta a dor
Do artista, poeta, professor;
Ainda da dor que sente,
Semeia versos sorridente.
A pena percorre com horror,
Destemida, atrevida presta favor;
Já deixando a pura brandura
Enterra agora a pedra dura.
Desfaz-se ante a bruta dura,
Da ilusão dessa vida escura.
Pena, outrora branda, contente
Salva da morte a vassala mente.
©Wagner Ortiz
Todos os direitos reservados.
BN Reg. 178-2/299-3
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