As dobradeiras e a Pomba
As mãos ligeiras
Dobram arteiras
Papel espelho,
Desejo vermelho.
Afina a borda
Entorta a horda.
Modela a forma,
Mandala a torna.
Da estrela divina
De sua mão fina
Macio retoque
Aprecia o toque.
Engasta as pontas
São quase prontas.
Alisa a dobra
Da pura obra.
Alinha as duas,
Define-as nuas,
Perfeitas espalma-as
Suas mãos calmas.
A obra reolha,
Suspira, olha-a.
Plana-a um vento
Num susto violento.
Voa alto, anil,
No azul pueril,
No céu a lança,
A estrela dança.
O astro sereno
Sorri, assim, pleno.
E o artista chora,
Lamenta, implora.
Então leve pousa,
Alva pomba repousa,
Do sopro eterno
Do ser paterno.
©Wagner Ortiz
Todos os direitos reservados.
BN Reg. 178-2/299-3
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Um comentário:
Show! Origami inspirando poesia.
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