Calvário
02/09/2008
Santo André
Plena dor mancha os céus com feroz breu
Qual cegueira cruenta de pavor
De toda alma despida de favor
E o fulgor das alturas se escondeu.
No Caveira meu pão, meu vil pecado!
Estás erguido, cravado, trucidado!
Tua morte traz vidas com farturas
De maneira atormentar as sepulturas.
Do teu brado supremo a Terra treme,
Pois teu corpo ensangüentado aflito
Violenta as correntes de quem geme.
Oh Impávido! É a morte quem teme,
Pois entraste no seu seio maldito
E debaixo saíste com seu leme.
©Wagner Ortiz
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