Jeito de Poeta
12/02/2010
Quem dera tivesse um verso
Uma linha de poeta
Para que pudesse amará-la à pipa
Que voa alto no céu de letras
Nas estrelas poetas, eternas, perfeitas.
Quem dera tivesse a forma,
O jeito com as letras
Em uma explosão de ideias, de Pessoas, de Bilacs,
Concreta, indiscreta, religiosa e completa.
Colorida tela silabar viva e repleta.
Quem dera tivesse no seu seio,
Fosse filho da redondilha
Para que pudesse mamá-la a teta
E que a tia rima me cantasse ao pé do berço
As cantigas dos marujos camonianos líricos.
Quem dera fosse poeta,
Achasse a poesia da vida discreta
Para que pudesse escrevê-la simplesmente
Ou que escrevesse a concreta concretude
Das duras realidades mudas e severas verdades.
Quem dera fosse som a letra ou verso,
Ao menos notas surdas
Ou acordes e cadências puras
Para que as ouvisse como Beethoven
E não moressse na tristeza da descoberta.
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