O som que soava
Sempre amou
O ouvido lhe tocava.
Mas o ouvido
Que já fora ferido, soluçava,
Duvidando-o, o rejeitou
O ouvido cego
Nos seus caprichos, medo
Ao som se endureceu.
Tamanha era pedra,
Que o som na tristeza
Se emudeceu.
Mas não era assim,
Não fora o determinado,
O Criador assim não os fizera.
O som que se continha,
Chorava doído e sentia,
Simplesmente soou.
Logo, o som era energia,
Atravessando a pedra dura,
Do ouvido que se fizera, a arrebentou.
A dureza era medo, que pó virou,
O ouvido novamente ouviu
O coração no meu peito, que é só teu.
Wagner Ortiz Copyright
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