Aversões
Averso é tua vereda patética,
Que resolveste seguir sovina
No uso da tua vara rançosa.
Beijas tua própria boca cética
Comes tua exclusiva mofina
Gozas tua mão buliçosa.
Até onde, meu Deus, teu torpor?
Vais nessa rompante decisão
Matando com dolo e com dor.
Até onde suportas aversões?
Até onde tua face sobressai?
Andas sabida tuas transgressões
Mas deleita-te insensível, confessai.
Ainda que a faca ceife o quinhão
Ainda que a virtude deixe o andor
Ainda que a comida seja ração!
Confessai!

BN1782993D144522102017
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