sábado, 28 de maio de 2011

Cidadania



CidadaniaAo pé da Sé, adormecem Zé,
Seu Zé, Totó, Mariano, Canjica…

Tosse Seu Zé, rosna o Totó,
Se ajeita Canjica e treme Seu Zé.

Que frio!
Um frio de um vento vadio!
Vento de morte, vento ululante
Que leva ao léu as folhas do Folha
E acorda Zé, Totó, e Canjica
De frio.

Chora o filho do gueto um vazio,
De frio.
De frio chora o filho do gueto
Um vazio.

Que frio de um vento vadio!
Vento de morte, vento ululante
Que leva ao léu a cidadania
De gente sem culpa da hipocrisia.

Que frio de um vento vadio!
Vento de morte, vento ululante
Que leva ao léu a cidadania
De gente sem culpa com a cara da gente.

Que frio!
É o filho do vento vadio.
Que frio!
É o fio do praça vazia.
Que feio!
Esta pedra no fundo do peito.

©Wagner Ortiz reg. 178-2/299-3

Um comentário:

Anônimo disse...

Olha só, muito bom!!!!!!!!

É como se o vento frio estivesse soprando a cada palavra lida...

Triste realidade!

Bjokas SU ;)