PRA QUE
TEMER?
Entrincheiremo-nos
nas ruas,
Mesmo sobre sol
negro e pó de assalto,
Batamos fortemente
os pés,
Trincando esse
chão manchado de democracia.
As botas
calcem as pedras,
Os pés tremam
e urrem,
As mãos
limpas agitem
E os gogós sejam
sólidos.
Que nos entrincheiremos
na rua,
Sem temer,
sem morrer,
Só dizer,
dizer com monumental uníssono grito:
PRA QUE
TEMER!? NÃO TEMAMOS!
FORA TEMER,
NÃO AO GOLPE!
Que nesse
bramido estrídulo
Se estaque no
peito o Vampiro,
E se decepem
os pescoços dos lacaios Igores,
Esses comedores
de moscas e baratas
Nascidos do
sangue putrificado, pisado,
Esse sangue que
fora verde e amarelo.
Que
aniquilemos ao opressor com a turba o peso:
PRA QUE
TEMER!? NÃO TEMAMOS!
FORA TEMER,
NÃO AO GOLPE!
Que fechemos
o punho da Mão Latina de Niemeyer
Que em sua equitativa
hemorragia se afoguem os mortos-vivos,
Que a pátria
trucide esses espúrios, "filhos da perdição"!
Entrincheiremo-nos
nas ruas,
Mesmo sobre sol
negro e pó do assalto,
Batamos fortemente
os pés,
Trincando
esse chão manchado de democracia.
Entrincheiremo-nos
nas ruas!
Sociedade Homolitteras
BN
Reg.178-2/299-3
© by Wagner Ortiz, 2016
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