domingo, 25 de julho de 2010

MPB: Surra "na" Bunda e o comprador de ferros



A MPB já foi um tanto discriminada no passado em seus primórdios. Em 1860, ouvia-se uma mescla de música européia com alguns ritmos afros e indígenas, assim com o flautista Antonio Callado nasce o expoente máximo da brasilidade O CHORO. Assim, depois de cair no gosto popular, não era difícil depois de 1900 ouvir um conjunto regional executando choro e os nomes de Chiquinha Gonzaga, Noel Rosa, Ademilde Fonseca, Lamartine Babo, Ari Barroso, Carmem Miranda, etc. Nesta época os cantores expressam o samba, a modinha, a marchinha, marcha rancho, etc. em interpretações muitas das vezes baseada na "voz de ópera" da "rival", ou próxima, "mater" música erudita. Um questão importante essa última, pois nossos compositores eram estudantes dos conservatórios, conheciam harmonia, contraponto, e desfrutavam das obras dos grandes mestres, ou seja, bebiam em fonte segura! Então, por mais popular que fosse o movimento musical sempre houve um respaldo erudito.

O nível de sosfisticação da MPB depois de 1950, com Jobim, Garoto e a turma da Bossa, foi tal que acusaram os compositores de americanização, ou "jazz-inização", desta maneira podemos ouvir harmonias intrincadas, não mais das tríades e sétimas dominantes monótonas, mas a brilhante e abundante ousadia dos acordes de 5 sons, ou mais!!!

Esse nível, produziu muito respeito, sobretudo com Jobim e as novas gerações como Caetano, Gil, Chico Buarque, Tiso, Lobo, etc. que tornaram a MPB em música erudita de modo literal. Tamanha proeza tornou  a MPB em música culta e hoje quando se usa o termo, preserva-se algo intocável para se diferir das composições feitas após 1985.

Depois dos anos 80, a MPB entrou na fase da decadência, assim para atender ao mercado se gravavam milhares de besteiróis como a mania da rebolar da Gretem,  a Lambada de Beto Barbosa  e outras pataquadas. Não que nos anos anteriores não havia esse mercado negro musical, mas havia uma consciência e tradição que mantinha o nível.

Já na fase negra, nos anos 90 com a música jovem, o "pagode" e "sertanejo", se é que podemos chamar assim, esses movimentos "vender a qualquer custo", acabaram com artista de peso, a mídia já não mostrava os bons trabalhos, pois priorizavam (continuam priorizam o lixo cultural) grupos como TCHAN, Molejão, Só pra contrariar, etc. Assim nomes como Ed Mota tentam subsistir, mas só encontram reconhecimento no exterior.

Atualmente estamos na fase do TERROR, de 2000 a 2016, vemos a influência da música eletrônica e do Funk, e um forte mercado e a MI ("mídia ignorante") alimentando esse lixo atômico. Além da péssima qualidade musical e poética, essa produção extremamente capitalista traz um conteúdo nojento, os movimentos "vamos se acabar na balada", "liberou geral", ou com todas as letras "VALE TUDO" ou Egolatria e Hedonismo.

Após a DANÇA DO CRÉU, a última medonha produção conhecida como SURRA DE BUNDA, deixa-nos em um novo cenário: o APOCALIPSE da MPB! E não a produção desse lixo cultural não para de crescer. E falando em final dos tempos, já ouviram falar do comprador de ferros?



Uma senhora indignada com a Surra de Bunda diz à outra:

- Sabe, daqui uns dias vai aparecer uma música ENFIA O PAU!!!

- Tá demais né!!!! É um lixo!!!

- O Apocalipse começou e ninguém avisou!

- Não sei para que serve essa merda! Espero que leve toda essa cambada para o inferno!!!

- Sabe, um moço trabalhava em um depósito de materiais de construção. Um freguês, homem estranho, comprava muito vergalhão de ferro, todos os dias. Um dia o vendedor perguntou: "Meu, pra que você usa tanto ferro?" o cara respondeu: "Você vai saber em breve!" - O vendedor ficou boiando e não entendeu, mas deixou pra lá. 

 Chegada a noite, o vendedor de ferro saiu o mais rápido que pode para o baile FUNK, onde se acabava até quase raiar o dia!!

Com essa vida esculachada, sem dormir e se alimentar bem, um dia acabou morrendo e foi parar em uma das salas de espera do purgatório!

Logo que chegou aos seus aposentos, recebeu uma caloroso bem-vindo do camareiro. O vendedor viu uma grande quantidade de ferro em seu quarto, quase não havia espaço na ampla sala, só sobrando o espaço da cama e um corredor estreito, curioso perguntou: "Porque aqui tem tanto ferro?" Quando percebeu quem falava com ele, o camareiro, era o cara que comprava o ferro na loja. Deixou de conversa, sentou-se na cama e cansado deitou de bruços. Quando o camareiro tirou o chapéu revelou-se os chifres! E o pobre vendedor está tomando ferro na bunda até hoje tentando purgar seus pecados!!!! O pobre era um ouvinte de FUNK. 

Cuidado!!! Senão a Surra "na" Bunda vai ser feia!!!

Foto: não encontrei os créditos. © ? do autor!

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