segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Aversões




Aversões


Averso é tua vereda patética,

Que resolveste seguir sovina

No uso da tua vara rançosa.


Beijas tua própria boca cética

Comes tua exclusiva mofina

Gozas tua mão buliçosa.


Até onde, meu Deus, teu torpor?

Vais nessa rompante decisão

Matando com dolo e com dor.


Até onde suportas aversões?

Até onde tua face sobressai?

Andas sabida tuas transgressões

Mas deleita-te insensível, confessai.


Ainda que a faca ceife o quinhão

Ainda que a virtude deixe o andor

Ainda que a comida seja ração!


Confessai!


©️Wagner Ortiz

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