sábado, 19 de dezembro de 2015

LIVRE



LIVRE
17/08/2013

Nem mais um dia!
Sem mais "Tânta-lo", suplício!

A voz dos poetas livres,
Desses eus-líricos,
Sem eira, nem beira,
Essa sim, isso quero!

Nenhum espelho cruel,
Imagem mascarada
Muito desgraçada
Ludibriará co´essas ondas mortas.

São alguns vai-vens,
De sentimentos mentirosos,
Embaraçados e maliciosos,
Que se tornam desabores.

São desesperados, salinos,
Ainda que bonitos, alcalinos!
Terrenos tortuosos.
Serenos, pois enganosos.

Já me senti preso aos ardores da flor,
Me corroí nas tristezas tristes da vida,
Me entupi de vapores raivosos,
Esbravejei as ideias que só eu as quis.

E me dizem o porquê da solidão!?
Sem mais "Tânta-lo", suplício!

Quis só eu as ideias que esbravejei.
De raivosos vapores entupi a mim.
Da vida, tristes tristezas me corroeram.
Da flor e os ardores, só preso me senti.

Enganoso fui eu, quando fui sereno,
Pois fui terreno sem jeito, tortuoso.
Salino, desesperado,
alcalino ainda que bonito.

Desabores que me tornam
Embaraçado e malicioso.
De mentirosos sentimentos,
Vai-vens que são alguns.

Mortas ondas que ludibriaram-me muito,
Desgraçadas,
Mascaradas.
Imagens, em cruel espelho, do nada.

Nem mais um dia!

Isso quero, essa sim!
Sem eira, nem beira,
Sem lírico, sem musa,
Sem poeta, sem voz.

Só livre!

(©Wagner Ortiz, 2013 BN 178-3/299-3)


http://homolitteras.blogspot.com/
Biblioteca Nacional - Lei 9610/88
©Wagner Ortiz - reg. 178-3/299-3

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To laugh and Poetize - Rir e Fazer Versos (opus 099)
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Contemporary / 2010
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