quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Duas Saudades


Duas Saudades
02/07/2013

Sinto tais saudades,
Nostalgias agudas,
Cálices diferentes,
Lembranças sorridentes!

Uma finca adaga fina,
Arranca o rubro e o negro.
No fundo que me resta,
Da outra, imagem me infesta.

Sinto tais saudades,
Nostalgias agudas,
Cálices diferentes,
Lembranças tão ardentes!

Uma de minha terra,
Distante, o meu mel.
Pois abelha me adora
Para mim és toda flora.

A outra de meu céu
Chegada dos meus versos
Amante dos meus méis
Que me cora meus anéis.

De uma me lamento,
Me escorrego, me adentro.
Daquela, a formosa,
Me derreto amorosa.

De ti atenho queixumes,
Arlequim sem rima nem esquina.
Dela obtenho delícias,
Gracejo nas puras malícias.

De espírito ferido
Sem razão disso ou daquilo,
Me abstruso da conjuntura
Me lambuzo de tua jura.

© Wagner Ortiz 2013 - BN 178-2/299-3

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quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Sol mais um dia!



Sol mais um dia!
13/05/2013

Se o dia dourado te desanima,
Gabo-te da douradura que preciso,
Alma, Sol louro que me ilumina
Que descortina o que improviso.

Uns versos, com ou sem rima?
Tua imagem bêbada de sorriso,
Lembra-te os momentos, te anima,
Reflete de ti mesmo doce riso.

Mórbido e sórdido, se os exima,
Só ser revel teu desejo, teu juízo!
Pois teus meles os oprima,
Fel lhes faz, teu palácio prejuízo.

Se ainda o dia dourado te desanima,
Enleva-te a flor do poeta Dionísio,
Amora-te o firmamento, azul te mima,
Brinde te inebria, contenta no paraíso!


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Todos os direitos reservados

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LIBERDADE


LIBERDADE
01/05/2013

Gota na boca
Tece a rede
Cora a face
Dentro da oca.

Insana liberta
Dos grilhões
Sôfregos,
Dores certa!

Teu relicário,
Cora a face,
Liberta-se
do autoritário.

Liberdade,
Gritas louca,
Liberdade!

Grita voz rouca
Na areia branca
Liberta da teia
Deveras louca.

Gota na boca,
Agora da louca
Loucura moça,
Vida convoca.

Tece a rede
Pra teu recato
Amor mulato
Matar a sede.

Cora tua face,
SeiO relicário
Loucura moça
Nada desgrace.

Liberdade,
Gritas, agora
Moça Loucura,
Liberdade!

© Wagner Ortiz


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terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Copacabana para Todos



Copacabana para Todos
19/01/2013

Esse Celso, poeta das cores,
Cronista de Copacabana viva!

Nos descortina tais sentimentos
Admiráveis de sua obra criativa,
Sobeja o lugar, elucida pessoas.

Cada luz, cada sombra são,
Por seu pincel, versos coloridos
De rica linguagem e circunspecção.

A cada traço tinge letras ocultas,
Literatura colores a nós seduzidos.

Mathias, colosso. Tons seus adjetivos,
A cada pincelada um pouco d´alma exprime!

©Wagner Ortiz-2013
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Ao amigo Celso Mathias, parabéns pela tua sensibilidade!


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segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Elegia ao Violinista Aluísio Moreira



Elegia ao Violinista Aluísio Moreira

15/01/2013

Amou a música de tal forma
Que a alma debruçava serena,
Ao violino, no seu choro de notas,
Com as terças de pueril lamento
Solfejou todo seu sentimento.

Tocou sem arrependimento,
Pudera! Sarou feridas, curou
Os ouvidos, das mazelas,
De loucas e dos loucos
Que dele fizeram tão pouco.

Afligiu de tal modo o som,
Forcejou o violino, o dom,
Que a paz, enroscada ao arco,
Espalmava o coração do parco,
Do seu concerto sem palco!

Seu violino se calou por três vezes!
Quando fora tirado por larápio,
Mas, devolvido depois, intacto!!!
Tanto foi a saudade do menino
Quanto grato tocou um hino!!

Depois fora tirado por simonia,
Condenado a dura nostalgia!
Novamente os gatunos, os Judas,
Que trucidaram-no por meros atos,
Corroboraram-no a dor, pecado de fato!

Então, sem teto, sem igreja,
Na CALUDA dos Aldravões,
Sem tom, simoníacos do som,
Carlitos decrépito lacrimeja,
Murcho definha... Cala-se, é o fim!

Fica a lembrança de tua formosura,
Do teu som, da tua paz e paciência!
Descanse em Paz amigo Aluísio Moreira!


Wagner Ortiz
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domingo, 27 de dezembro de 2015

"Amí-sicos"



"Amí-sicos"
21/08/2012

A música, brisa natalina,
Sopra as notas de amizade.
Nos envolve em trama cristalina
Nos corações aspira a verdade.

De outras partes e todos lugares
Há encontros amistosos,
Pois a doçura da lira nos ares
Nos enlevam em sons contagiosos.

Da brisa, o músico.
Das notas, amigos.
Da lira, a ternura
De tudo, os "amísicos"!

©Copyright Wagner Ortiz - 2010
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sábado, 26 de dezembro de 2015

Últimas Palavras para Mamãe



Últimas Palavras para Mamãe

19/07/2013


Discurso completo em: http://homolitteras.blogspot.com.br/2013/07/ultimas-palavras-maria-da-gloria-ortiz.html

Caríssimos presentes, amados irmãos,
Unam-se a dor, afaguem-se as mãos,
Ouçam essa voz que lamenta com pesar ,
Da alma perene que sobrevoa o mar.
Gentil doçura, infinita realeza,
A majestosa imperatriz, alteza.

A planta rara solevantou um lar,
Jardim divino que soube contemplar.
Doou rubis com riso resplendente,
Atentou a todos, despendeu contente,
Bebeu o fardo sem perder a ternura,
Cruz suportou com extrema bravura.

Com teus gestos levantou os feridos,
Alimentou o sedento, visitou abatidos.
Os vendavais acalmou com sua brandura,
Traço excelente que teve por mesura.
Maltrataram-te da modéstia os espinhos,
Mas de alma frágil desfez os daninhos.

De onde jaz , em berço relicário ,
Não te impede nenhum escapulário .
Fôrma espelhada do formoso Cristo
Teu “berço esplêndido” dele equidisto .
Tuas lembranças são eternas, serenas,
Exalam o olor de tuas obras açucenas .

Nós desejosos de tua formosura
Professaremos a fé sem friúra,
Teu sono nos faz refletir tua hora.
Doravante morarás sobre a aurora,
Na noite estrelada, arrebol áureo ,
Onde o Redentor dará o teu láureo .


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Rosa Negra



Rosa Negra
21/08/2012

Suadas pétalas negras,
Cansadas pálpebras tristes!

Calada voz vocifera
O amargo fel infestante
Que a alma dilacera,
E o poeta implora taciturno,
Quedo, mudo, noturno.

Cansadas pétalas negras,
Suadas pálpebras tristes!

Não há Arlequim, nem Pierrô,
Só a pele marcada, dourada,
Serena, cravada com os espinhos da flor,
A negra flor, que outrora foi ardor.

Cansadas pétalas negras,
Suadas pálpebras tristes!

E os olhos trazem a imagem,
O reflexo da negritude flor,
Espedaçada, espalmada da dor,
Retina desprezada, mal amada.

Suadas pálpebras tristes,
Cansadas pétalas negras!

Do ferrão brota uma ateia,
E a triste aranha fia a teia,
Nas pálpebras tristes alteia,
De fulgaz espírito, agora vagueia.

O talo da planta crava,
Enterra no seio sem receio.
O espinho encardido se ajeita,
Aleija o peito, não tem jeito.


Mas o sonho sob a pele dourada,
Serena, morena, marcada,
Cravada com os espinhos da flor,
Desabrocha um rebento vigor.

Enxutas pálpebras tristes,
Aberta enfim a rosa negra!


©2010 - Wagner Ortiz



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Soberana de Glória, hoje é teu aniversário!



Soberana de Glória

30/06/2013
Santo André, à minha mãe que foi morar no crepúsculo.

Das tantas palavras que escrevi, para minha mãe e todos amigos, prometi a minha mãe uma Elegia, pois ergueria minha voz com todo ímpeto se ela partisse, não deixaria a morte lúgubre falar mais alto. Cantaria todos os seus nobres atos, toda sua meiguice e doce amor. Ela sempre admirou a força das palavras e beleza lírica dos versos. Em certa ocasião difícil escrevi o poema e mostrei a ela, pois homenagem boa se faz em vida! Ele ficou emocionada e agradecida por ouvir, dizia não ser merecedora, mas tenho certeza de tudo que escrevi. No hospital, adivinhem? A primeira coisa que ela me pediu foi o poema. Ela via versos em todos os cantos do hospital. Mesmo no leito vil e cruento olhava serena as gotas de chuva que escorriam na janela e me dizia, veja, que coisa linda, escreva isso! Ela foi minha maior professora! Compartilho então, essa dor copiosa e ferrenha que parte minha vida. Contudo me consola saber que: quem planta, colhe o que plantou! Hoje é teu aniversário! Parabéns!

Soberana de Glória

Rainha das Flores,
Deixaste aqui teus olores,
Em nós fica tua frescura.

Tua voz, doçura maviosa,
Sem pesares de tua luta,
Só hálito floral de tua alma serena.

As flores que tanto amavas
Soluçam tua ida ao arrebol,
Mas descortinam debruçadas teu farol.

Irradiam as flores teu nome,
Soberana, majestosa!
Maria da Glória, Generosa!

Mãe, namoravas tanto o céu rosa,
Lembro-me cá de toda tarde
Ao teu lado cor-de-rosa.

Viste? Cortejou-te hoje o crepúsculo!
Sorriu o sol vermelho sangue
E se fez carmim, teu portão.

Sei, andas sobre teu lar agora,
Teu caminho de algodão rosáceo,
Descanso, da semente que plantaste!

Até a Lua cresceu, alumiou-te mais.
Só para não se esqueceres das noites
Em que vimos juntos o seu brilho!

Quem pode ir contigo agora?

Mãe, eu conheci uma pessoa!
Ela me ensinou o que é o amor.
Pois o viveu, cada passo de sua vida.
Leu para mim versos de São Paulo:

O amor é sofredor,
O amor é bondoso,
Jamais é invejoso.

O amor é modesto,
O amor é honesto,
Nunca trata sem pensar.

O amor não é cobiçoso,
O amor não é irritadiço,
Nunca é desconfiado.

É padecedor.
Esperançoso.
Paciente.

O amor não é injusto,
Pois é sempre perfeito.
Ele nunca falhará!

Caríssimos, amados irmãos,
Unam-se a dor, afaguem-se as mãos,
Ouçam essa voz que lamenta com pesar,
Da alma perene que sobrevoa o mar.

Gentil doçura, infinita realeza,
A majestosa imperatriz, alteza.
A planta rara solevantou um lar,
Jardim divino que soube contemplar.

Doou rubis com riso resplendente,
Atentou a todos, despendeu contente,
Bebeu o fardo sem perder a ternura,
Cruz suportou com extrema bravura.

Com teus gestos levantou os feridos,
Alimentou o sedento, visitou abatidos.
Os vendavais acalmou com sua brandura,
Traço excelente que teve por mesura.

Maltrataram-te da modéstia os espinhos,
Mas de alma frágil desfez os daninhos.

De onde jaz , em berço relicário ,
Não te impede nenhum escapulário.
Fôrma espelhada do formoso Cristo
Teu “berço esplêndido” dele equidisto.

Tuas lembranças são eternas, serenas,
Exalam o olor de tuas obras açucenas .
Nós desejosos de tua formosura
Professaremos a fé sem friúra,

Teu sono nos faz refletir tua hora.
Doravante morarás sobre a aurora,
Na noite estrelada, arrebol áureo ,
Onde o Redentor dará o teu láureo .

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Santo André, 28 de junho de 2013


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sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Coisas



Coisas
21/08/2012

Tanta coisa me acontece!
Coisa atoa me aborrece,
Toda vez a coisa feita
Em deslaços de fita estreita
Pois, solta e insatisfeita.

Por ser a coisa desfeita,
A inacabada ideia tenta
Ser a coisa sempre eleita,
Mas tal coisa não odienta
É coisa atoa de fato.

Vazia coisa de tais coisas
Nenhuma das coisas tais
Que quero tais coisificar,
Pois há coisas jaz no cais
Sendo esquecidas no mar
Por serem sempre imperfeitas,
Despidas dessas tais coisas
Que podem tantas coisas.

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quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Vida na Flauta



Vida na Flauta
22/08/2011

Da pré-história à moderna
Flauteando sempre me encanto
Do bambu, do osso da perna
Da fada, da prata o acalento.
Do ouro me faz bebedouro
Da arte me faz sorvedouro.

Não há um tostão no chapéu,
A vida segue errante
E a mim chamam tabaréu,
Menino beligerante,
Mequetrefe, vagabundo
Que em trabalho é infecundo.

Toda prata torna em apito,
Todo ouro em pirulito,
Toda arte agora efêmera,
Toda fada em rara tâmara,
O bambu nó na garganta
E o encanto desencanta.

Insensíveis maritacas,
Mal levantam suas taças,
Só se movem com desvelo
Em prol de próprio anelo.
E em suas festas e festejos,
Quem alegra os seus cortejos?

E na arte Lumiére
Quem abala e emotiva?
E na dança desferre
Quem martela e cativa?
Um rubi ou diamante
Só com som de um belo instante.

Mas, e após esses encantos?

Toda prata torna em apito,
Todo ouro em pirulito,
Toda arte agora efêmera,
Toda fada em rara tâmara,
O bambu nó na garganta
E o encanto desencanta.

Não há um tostão no chapéu,
A vida segue errante
E a mim chamam tabaréu,
Menino beligerante,
Que em trabalho é infecundo,
Mequetrefe, vagabundo!

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quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Violência


Violência

20/08/2011


Tapa...
Volita na face, estrala.
Despeja insana saraiva.
Troveja, pois, toda a raiva.
Irrita, faz da mente vassala.

Bala...
Voa sem rumo, escrava.
Dói sem pena, da tela.
Rói com dolo, martela.
Soa com luto, recrava.

Matar...
Ato ferino, feito ferida
Traga a razão, desfaz o laço.
Adaga fina, ceifa da vida,
Fato interino do nosso fracasso.

©Wagner Ortiz
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Pombas Pombalinas



Pombas Pombalinas

07/05/2011
http://homolitteras.blogspot.com/2011/04/pombas-pombalinas.html

Uma pomba,
U
Duas pombas,
Uu
Três pombas,
Uuu
Um Pombal,
Uuuuuuuuuu!!!

"Tupi, or not Tupi"
Pombal, or not Pombal.
Iluminura não reluz.
Cala a boca crioula
Cerra a taba piaga,
Pois nada de curumim,
é menino, o moço,
Curiango é passáro,
Rouxinol e Cotovia.


Uma pomba,
U
Duas pombas,
Uu
Três pombas,
Uuu
Um Pombal,
Uuuuuuuuuu!!!


"Tupi, or not Tupi"
Pombal, or not Pombal.
Um açai é um refresco?
Araúna um passo-preto?
Fosse a pomba pombalina
Nossa língua da natureza,
Da Aupaba de verdade.
Mas como chamar a arara?
E o jacu do mato baixo?

E o índio? Como chama?
Araripe, Acatauassú,
Capiperibe, Jaguaribe,
Jatobá, Murici
Paraguaçu, Pitangui
Tabajara, Tibiriçá, Pari...

E os lugares da Terra de Vera Cruz?
Aracaju, cajueiro das araras
Itajubá, mina de ouro
Acre, rio verde
Maranhão, correr para mar?
E como comprar peixe na feira?
Jundiá, Cara,
Jurupoca, Caramuru
Cioba, Parati,
Prejereba, Xaréu!


"Tupi, or not Tupi"
Pombal, or not Pombal.


Uma pomba,
U
Duas pombas,
Uu
Três pombas,
Uuu
Um Pombal,
Uuuuuuuuuu!!!

©Wagner Ortiz
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