segunda-feira, 30 de novembro de 2015

CoNcReto Sal by Wagner Ortiz


CoNcReto Sal

05/09/2009

Não use
abuse
reuse
lambuse
quer luzes
desuses
Jesuses
não vão livrar
o teu coração!

No prato
pitada
pequena
pirada
parada
papila
penetra
picante
picando
persona
non grata.

Acarreto
objeto
de afeto
repleto
concreto
de modo incorreto
cloreto predileto
inquieto
irriquieto
derreto
vegeto.

Por isso
Não use
Abuse
Reuse
Lambuse
Quer luzes
Desuses
Jesuses
Não vão livrar
Nada do concreto sal
Na veia
Artéria
Coronária
Infarte
Seu mal.

©Wagner Ortiz 2009 - BN
 
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Biblioteca Nacional - Lei 9610/88
©Wagner Ortiz - reg. 178-3/299-3

domingo, 29 de novembro de 2015

Céu de Letras by Wagner Ortiz


Céu de Letras

09/02/2009
“Alguma coisa acontece no meu coração”, bom baiano,
Quando as fileiras de livros leio sozinho,
Revelam os versos secretos p`ra minhas pupilas
E invejam, Assis, a luz tão discreta de teu vaga-lume.


Quando leio sozinho as fileiras de livros,

Os olho por fora notando que são coloridos,
 Enquanto por dentro são um céu de letras,
Via-Littera dos planetas-poetas e poetas-planetas.


“Ora (direis) ouvir estrelas!”
Sim, estas estrelas “…rumoreja(m)/ao sopro da leitura”
Entretanto, nesse céu branco as estrelas são pretas!


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sábado, 28 de novembro de 2015

Calvário by Wagner Ortiz


Calvário

02/09/2008
Santo André

Plena dor mancha os céus com feroz breu
Qual cegueira cruenta de pavor
De toda alma despida de favor
E o fulgor das alturas se escondeu.

No Caveira meu pão, meu vil pecado!
Estás erguido, cravado, trucidado!
Tua morte traz vidas com farturas
De maneira atormentar as sepulturas.

Do teu brado supremo a Terra treme,
Pois teu corpo ensangüentado aflito
Violenta as correntes de quem geme.

Oh Impávido! É a morte quem teme,
Pois entraste no seu seio maldito
E debaixo saíste com seu leme.

©Wagner Ortiz


sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Desejo by Wagner Ortiz


DESEJO

11/08/2008
Das coisas que me acontecem na vida,
Sem dúvida, tu o maior ígneo desejo!
Das coisas que eu quero que aconteçam na vida,
Num só momento, um lamento em teu colo.
Das coisas que ainda não fiz delirante,
Farei sem que o fel e o fogo dilacerem o coração,
Sem que minhas entranhas viris despedacem de ânsia
E nem me mate a sede e a respiração ofegante da brasa.
Mas serei o poeta
E tu o desejo,
Serei vento
E tu serás uma furiosa tempestade.
Serei luz
E tu triunfante arco-íris.
Serei amor
E tu concupiscência.
Serei barro
E tu o raríssimo vaso.
Serei "Tom"
Serás "Bossa".
Enfim, embarcarei no "bonde chamado desejo",
Nas "mil e uma noites" da abundante inspiração tua!

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Cidadania by Wagner Ortiz


Cidadania

12/05/2008
Santo André
Ao pé da Sé, adormecem Zé,
Seu Zé, Totó, Mariano, Canjica…

Tosse Seu Zé, rosna o Totó,
Se ajeita Canjica e treme Seu Zé.

Que frio!
Um frio de um vento vadio!
Vento de morte, vento ululante
Que leva ao léu as folhas do Folha
E acorda Zé, Totó, e Canjica
De frio.

Chora o filho do gueto um vazio,
De frio.
De frio chora o filho do gueto
Um vazio.

Que frio de um vento vadio!
Vento de morte, vento ululante
Que leva ao léu a cidadania
De gente sem culpa da hipocrisia.

Que frio de um vento vadio!
Vento de morte, vento ululante
Que leva ao léu a cidadania
De gente sem culpa com a cara da gente.

Que frio!
É o filho do vento vadio.
Que frio!
É o fio do praça vazia.
Que feio!
Esta pedra no fundo do peito.

©Wagner Ortiz

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

O encantou acabou-se by Wagner Ortiz

O encantou acabou-se

Era uma vez
Um Sebastião doce
Que se atordoou salgado
E o encantou acabou-se.

Que pena...

Sua obra doce
Doçura sempre contente.
De acurada lente,
Se o homem salgado não fosse.

Salgado agora,
O encanto que me cora,
Corre na minha face
Lágrimas ardidas, salgadas.

Que pena...

Um Sebastião doce
Que se perde na lama,
Que turva sua lente, se difama,
E o encantou acabou-se.

Resta agora, Salgado,
Que a força do teu sal,
A luta do teu doce divinal,
Não se cale diante do mudo urro do Rio Doce.

©Wagner Ortiz​


Homo Litteras by Wagner Ortiz


Homo Litteras

09/02/2009
Essas Letras tantas, revelam uns mundos,
Acomodam-se no filme virgem,
Conectam mielinas,
Gravam visões cristalinas em rútilas pupilas rudes de encanto,
Febril momento do fundo ímpar que se vê sozinho.

Cada qual as escreve ferindo o papel profuso
As desterram do mel fecundo
E descerram-nas do caos profundo.
As transformam em prosa ou verso
E fazem-nas únicas eleitas do cinzel.

Doces alentos, amarguras vividas,
Céus e infernos de mil e uma vidas
Sangradas nas retinas dos "homo litteras."

Porém, demasiadamente, cada um as implora.
E quando a nívea luz descortina o oratório,
Cada poeta termina a prece e chora.

©Wagner Ortiz
Blog Homo Litteras
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Digital by Wagner Ortiz


Digital

02/02/2009
No computador da minha casa
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Clic! Clic! Clic! Clic!
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Clic! Clic!

 
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Soneto do Pensamento by Wagner Ortiz


Soneto do Pensamento

19/03/2008
SA


Procuro um pensamento “transvital”
Que explique lamentos pesarosos,
Que ilumine toda mente boçal
E transponha desafios grandiosos.

Pois pobre é viver sem um desejar,
Sem ao menos ver doces vagalumes,
Sem elevar a mente a lucidar
Os nossos mútuos lúgubres queixumes.

Quero eternizar as alegrias pomposas
Indeterminar emoções perfeitas,
Fazê-las infinitamente eleitas.

Sei que tais pensamentos copiosos
Vertem das luzes que só foram feitas
P’ra que todas dores fossem desfeitas.

©Wagner Ortiz

Sereia Contemporânea by Wagner Ortiz


Sereia Contemporânea

29/01/2008
SEREIA CONTEMPORÂNEA

Perspicácia!
Isso sem dúvida envolve o poeta,
Pois tal é agudeza desse espírito,
Que me releva desejos profundos,
Conhecimento oculto.
Leva-me à portas fechadas com sete chaves
Que só a palavra penetra.

Curiosidade!
Essa que mata o poeta!
Pois, o desbravador e tradutor das letras
Pisa em solo que verte novidades interessantíssimas,
Matéria nobre, pronta, que esbanja desejo,
Jorra sentimento,
Soa um canto triste,
Essa imagem nebulisante reflete tua alma.

Quem vê o reflexo da alma?

Isso é que me encerra!
Pois, a visão com grilhões
Fumina-me no fundo da dessa imagem,
Nos borbotões dos sentimentos,
Na sinfonia das melodias
E na argúcia viva que envolve esse Sansão.

₢Wagner Ortiz

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Sonhos

Sonhos

29/01/2008

Wagner Ortiz

O que poderá contentar-me nesta vida
Se a cada dia um desejo me alimenta?
E o que pode me ajudar nesta investida,
Pode sossegar-me , livrar-me da tormenta?

O que poderá contentar-me nesta vida?

?Serão os meus muitos sonhos arquitetados,
Já que tantos deles há na trama fragílima?
E que me enlevam em enleios encantados,
Que irão tornar realidade a idéia humílima?

O que poderá contentar-me nesta vida?

Possuir plena vida, a morada mui pastoril?
As doces paisagens que me encantam no sul?
Teu doce olhar que transcendem o mulheril?
Uma vida de bens regalada ao céu azul?

O que poderá contentar-me nesta vida
Se a cada dia sonho novo me alimenta?
E o que pode me ajudar nesta investida,
Pode sossegar-me , livrar-me da tormenta?

O que poderá contentar-me nesta vida?

?Teu sorriso convincente, baluarte bruto?
?Teu carinho condolente, beleza plácida?
O indissolúvel plano que é fato incorrupto
De corações que desprezam mentiras ácidas?

O que poderá contentar-me nesta vida?

O peso da justiça que os anos venço,
As conquistas tantas que ao teu lado descerro,
Teu regaço constante que nunca dispenso
E os ardores de teu corpo onde me cerro.

©Wagner Ortiz

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Horas Eternas II


Horas Eternas II

29/01/2008
O Perdão.Wagner OrtizSA
Caro amor, que solidão!
Eternas horas sem carinhos das tuas mãos...


Atordoado em aflição,
Cerrado assim, sem tua imagem de emoção.
Meu espírito, ausente,
Busca tua vida, teu perfume tão ardente
Que me ascende, me suscita
Me acalora qual uma estrela que crepita.


Caro amor, que solidão!
Eternas horas sem carinhos das tuas mãos...

Sinto-me tão desterrado!
Quanto é que vale teu sorriso desvelado
Que ilumina meu chão prado?
"Nossos bosques" não" têm vida" sem’a tua companhia.
Resta só melancolia
Sem tua devoção meu pedaço de alegria.

Caro amor, que solidão!
Eternas horas sem carinhos das tuas mãos...

Cada segundo gotejo
Com lágrimas sangrentas de meu sacrilégio
E espero a eucaristia,
A tua volta divina, tua lisonjaria.
Minha hora é chegada
Tomo vinho em teus lábios namorada.

Minha estrela de algodão!
Enfim, só as eternas horas em tuas mãos...
©Wagner Ortiz

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Horas Eternas I

Horas Eternas I


Wagner Ortiz
29/01/2008

Minha estrela de algodão!
Eternas horas nos carinhos de tuas mãos!
Aconchego-me em teu ninho
Degusto tua doçura, sublime carinho
Neste instante enamorado.
Na ampulheta, a cada segundo apaixonado
Me embaraço nos teus braços,
Cada grão cai  veloz é meu pecadoraço.

 Minha estrela de algodão!
Eternas horas nos carinhos de tuas mãos!
 Do teu enxame revel
Só eu soube tirar do teu carinho o mel.
Da tua boca majestosa
Só um zangão bebe teus meles cor-de-rosa
Que tu vertes das entranhas
Com contentamentos nestas noites tamanhas.

Minha estrela de algodão!
Eternas horas nos carinhos de tuas mãos!
 Minha estrela de algodão!
Eternas horas nos carinhos de tuas mãos
Em muitos beijos ferventes
Em amores e em teus encantos resplendentes.
É manhã, eu me aborreço
Já a estrela Áurea deixa o céu, reconheço!

Minha estrela de algodão!
Eternas horas nos carinhos de tuas mãos!

©Wagner Ortiz

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Quadrinhas Simplórias

Quadrinhas Simplórias

29/01/2008
Santo André
Minha Senhora
És a melhora
Imperatória,
Adulatória.

Não te demora,
Pois já me cora
Teu feminismo
Magnetismo.

Sou fragílimo
Poeta docílimo
Que faz quadrilhas
E as partilha.

Digas-me amiga
Se causo intriga
Ao teu ouvido
Como um cupido?

Ou tal fadiga
Qual uma cantiga
De um nobre pulha
Sem uma fagulha?

Pois não é chula
A minha gula,
É apetecível
Inteligível.

Não para cansar-te,
Pois és baluarte,
E é benquerença
A tua presença.

Sinto tua ausência
com mui freqüência
E a ti anseio,
Sinto-me feio.

Mas chega o dia
Da minha alegria
E teu orvalho
É meu borralho.

©Wagner Ortiz

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Vida Concreta: Wagner Ortiz


Vida Concreta

18/12/2007
Sem comentários!!!Wagner OrtizSanto André
Há um mundo novo
Num turvo tempo.
Um mundo velho
Forte, mudo e duro.

Há paisagens novas
Num mundo velho,
Mutação veloz
De modo atroz.

Há velhos mudados
E jovens desterrados
Num mundo novo
Em que se morre mais.

Poderosas, massacrantes, desiguais e injustas
Classes velhas que ininterruptamente serão as mesmas.
E serão as mesmas velhas classes aniquiladas
Em outrora, nalgum tempo, agora...

A alma acriançada da frágil inteligência morta está.
Já que os “mundanos novos” amam a si
E o seu novo mundo concreto, insípido,
Fastioso, velhaco, tresloucado, decrépito.

É deles morada e vida,
Nutrida pelos tostões sangrados dos vermes,
Descascada e seca como jazigos que os esperam
Para uma vida concreta.

Vida concreta que muda o fato concreto.
É forte e dura.
Traga ao léu.
Traga velhas classes e tragadas classes velhas.

Cá não há tais classes.
Cá não há concreto.
Cá só há o concreto.
O concreto estado tal.

Amém.

©Wagner Ortiz

domingo, 8 de novembro de 2015

Sonhador, by Wagner Ortiz


Sonhador

18/12/2007
Wagner OrtizSanto André
Você é mistério, profundo desejo,
É luz alva que ilumina dentro de mim.
Linda, magnífica, belo Serafim,
Alguém que despertou alegria em mim.
Irrepreensível, casta, pura, angelical,
Rica e formosa um deleite colossal,
Abastada de sutil doçura e beleza
Da mais alta posição da realeza,
És rainha majestosa da flora brasileira.
Suave é a cor dos seus lábios flamejantes,
Inócuos, virgens como nunca antes,
Pois dão esperança a mim, pobre comum,
Verme desprezado outrora sem amor nenhum.
Agora posso por um milagre
Insistir no desejo de ser alegre.

©Wagner Ortiz

sábado, 7 de novembro de 2015

Para ti, meus pedaços! by Wagner Ortiz


Para ti, meus pedaços!

18/12/2000
Wagner OrtizSanto André
I
Junta
Estes
Cacos
Meus,

Pois
São

Tuas

Estas
Lascas
Minhas,

Puras
Linhas
De homem (...)

II

Tão breves,
Pequenas,
Serenas
E leves

De um pejo
Inócuo
Que arrisca
Enunciar

Meus máximos
Desejos
Ocultos

Que fluem
Do fundo
Do peito. (...)


III

 E discreta
A caneta
Religiosa,

Vai juntando
Meus pedaços
De poeta

E agradeço
Os teus gestos
Tão honestos
De amiga


Pois conheço
O desvelo
Que me tens. (...)

IV

Busco alento
Neste momento,
Muita ternura
Que me há de ser

Todo tesouro
Que irei ter,
Um bebedouro
Só de prazer.

Se, com mui sorte,
Fugir da morte,
Peço as fadas:

Lancem em ti salvas
De alva meiguice
Pra eu te encontrar. (...)
V

Que a morte há de vir
Sabemos nós todos,
Mas sabem das fadas?
Da alva meiguice?

Que a flor desabrocha
Sabemos nós todos,
Mas sabem dos beijos?
É quando que vem?

Dos teus, na lembrança,
Bens sabes a que horas,
Mas sabes das fadas?

Não fujas das fadas,
Que hão de envolver-te
Em cúpidos beijos. (...)

©Wagner Ortiz

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Querida Música by Wagner Ortiz


Querida Música

25/06/2000
Wagner OrtizSanto André
Doce amor!
Vida bela!
Arco colorido,
Encanto,
Flor,
Musa,
Sol fulgente,
Estrela cadente,
Gomo da laranja,
Pera doce,
Ar tão puro,
Pele de veludo,
Aurora do meu céu,
Vermelho do meu sangue,
Pétala da Lotus,
Altiva entre as belas orquídeas,
Mel do meu ser,
Fluído do meu corpo.
Pensamento tão sublime do meu córtex,
Cor da minha tela,
Arte da minha vida,
Letra da minha pena,
Vida para meus ouvidos,
Matéria dos meus versos
Que vão cada vez mais bonitos
No seu palco, na sua luz,
Onde bailo feliz
Onde vivo
Onde mato minha sede
Onde alimento-me
Onde nasço
Onde morro
Onde ressurjo
Onde vivo no infinito.

©Wagner Ortiz 2000

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Nascimento by Wagner Ortiz


Nascimento

10/12/2007
Assim vim ao mundo.
Estou aqui para amar. E também para salvar.
Vocês são minha vida!
Wagner OrtizSanto André
Duas células unem-se do amor
E semeiam o vácuo ventre contente
Da mãe feliz que muito sorridente
Da boa sorte, vive o encantador.

Fui pueril semente presa e liberta
E vivi na treva vital meu mundo,
Experiência de um caos profundo
Que é suma consciência descoberta.

Meus primogênitos fótons de luz
Que me levaram a conhecer o terno
Foram as impressões do amor materno.

Nas entranhas caóticas qual cruz
Que me impinge à vida, fez- me ser seu,
Deveras da mãe gentil nasci eu.

©Wagner Ortiz



quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Oração: Meu coração Chorou by Wagner Ortiz


Oração: Meu coração Chorou

05/12/2007
Hino feito na hora da minha tristeza!Wagner OrtizSanto André
 Senhor aqui estou, para te adorar, Senhor;
Eu quero te louvar ó Deus.

Meu Pai tem dó de mim,
Pois o meu coração está tão machucado ó Senhor.

Tu és consolador e um Deus de amor;
Eu sei que tu estas tão perto.
Me cures, por favor e afastes toda a dor,
Pois o meu coração chorou.

Muito chorou!

II

 Senhor tu és tão bom, cures minha dor Senhor!
E tires minha aflição!

Senhor, por teu favor e a oração,
Eu almejo o consolo e seu amor.

Eu sei que tu me amas; me aperta em teus braços.
E tiras toda a tristeza.
Eu sei que tu me amas e me aperta em teus braços.
Pois o meu coração chorou.

Muito chorou!
Mas, tu Senhor, és a consolação.

©Wagner Ortiz 

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terça-feira, 3 de novembro de 2015

Marcas do seu olhar by Wagner Ortiz


Marcas do teu olhar

Santo André
O coração é o espelho dos sentimentos,
Reflete-os como um lago azul o céu.
É onde guardo e sinto tantas coisas.

Marcas já sentidas, pré-sentidas
De uma colossal felicidade,
De grande amargura, tristeza que se vai.

Ele é reservado, a todo o momento,
Esperançoso que aconteça um milagre divinal:
Um amor verdadeiro.

Amor que quero provar,
Ocupar todo meu coração
E ter suas marcas eternas.

Mas para poder doá-lo, compreendê-lo,
Preciso que se torne em uma fonte de amor
E as pessoas bebam de mim.

As marcas que digo são tão sublimes.
Estão no olhar de pessoas sinceras como você,
Que escondem segredos puros de suave doçura.

Pessoas de olhar tão intenso, como o teu,
Que revelam as profundezas do ser.
É deles que não consigo escapar!

Agora suas marcas estão no meu âmago,
Eu as vejo, pois teus olhos me contam.
Pobre de mim, ou feliz de mim?

Sou tão frágil e sensível,
Tão pequenino e amante do amor,
Tenho medos, mas eu pude ver.

Vi!

Agora sou escravo desse teu olhar.
Sou compartilhador dos teus desejos,
E como você, eu sou o que espera.

Ansiando pelo mesmo que anseia.
As mesmas esperanças e os mesmos sonhos.
Será isto que dizem ser almas gêmeas?

Não sei certamente,
Mas sei que vi a mais pura doçura,
A alvura, mais cândida que qualquer estrela.

Vi o indescritível, que tento descrever.
Vi a poesia e a melancolia de poetas,
O carinho e a timidez, tão delicadas são.

A sede pela felicidade, pelo amor verdadeiro,
A sede por ser algo para alguém,
A mesma esperança que eu espero.

Ai! Ai de mim! Pois sentir tão profundos sentimentos,
Conseguir interpretar teu dialeto, estas marcas,
Não é fácil poder sentir tudo isso.

É terrível e bom.
É encantador e satisfatório.
É uma dor que não dói.

No fulgente brilho do teu olhar,
Que agora nada tem de mistério,
Encontrei uma fonte de amor aterrador.

Aterrador! Sim, pois me tintina.
É uma brisa que me toca, um desgastar do peito,
Em que me purgo, encontro-me.

Eu choro, pois o sinto intensamente.
Não tristeza, mas sentimento verdadeiro,
Como o que fazemos quando perdoamos.

Ai! Ai de mim! Pois esse teu olhar é tão revelador!
Um carimbo perfeito, que estampa tudo o que você é.
Fala-me tudo o que você quer sem palavras.

Ai! Ai de mim!
Pois me encontro,
Me perco neste olhar.

O meu desejo é simplesmente a doçura,
A alvura, ser singelo, ser meigo, suave e manso.
Ser o que é o teu olhar.


© by Wagner Ortiz
Reg. BN 178-2/299-3 MSO