sexta-feira, 20 de junho de 2014

Justiça no Brasil: Qual o melhor candidato para 2014?


Dizem que a justiça no Brasil é piada. 
Se é piada, é há muito tempo! Mais ou menos de 1500 para cá. 


© Nani Humor
http://www.nanihumor.com/2010/04/justica-brasileira.html



Muita gente fica disputando sobre candidato X ou Y! Cada um deve pensar e refletir. 

Penso que devemos ter um "medidor", um sensor que nos diga quem, o que, por qual meio, promove os valores humanos. Enganar, roubar, deturpar, injustiçar, dominar, manipular, etc. são ações contrárias aos valores humanos, quem as pratica não serve de exemplo. 






© Creative Commons
Se formos falar de justiça no Brasil é complicado, e nem tudo é culpa do PT ou PSDB. Assim está em evidência o nome do juiz do STF Joaquim Barbosa que iniciou o julgamento dos envolvidos no mensalão. As pessoas ficam revoltadas com o caso do mensalão do PT, pois foi o que teve maior repercussão na mídia. Mas por interesse de quem? Ouvimos falar de outros crimes políticos, mas nenhum tão comentado como o mensalão. Contudo é comum para financiamento de campanhas o uso de caixa 2 e sonegação de impostos e esquemas de superfaturamento, o problema nesses casos é a falta de provas.

Um exemplo para refletirmos é o genocídio de indígenas, lutam há 500 anos por posse de terras ancestrais, nessa luta a mídia interesseira se omite, como por exemplo omitiu as imagens do índio (que soltou a pomba) com uma faixa de protesto na abertura da copa. Como o "medidor" vai classificar essa ação? Qual é o papel da mídia e imprensa? De modo geral, houve justiça para com eles? 

Se for falar, lembrem-se que milhares de crimes e crueldades foram cometidos pelos déspotas e simpatizantes que instauraram a ditadura no Brasil durante o regime militar. Desses, que eu saiba, ninguém foi sequer julgado como foi feito na 2a Guerra e com alguns atualmente pelo mundo. Esses criminosos da ditadura, a maioria já morreu, usufruíram de benefícios e contribuições advindas dos nossos impostos, e até hoje seus netos recebem pensões "gordas" e vitalícias, enquanto um aposentado, outrora trabalhador, ganha um salário pífio. E agora? Existe justiça aqui?

Bem, não é necessário falar de todos os fatos históricos aqui! Basta que cada um coloque em funcionamento o "medidor" e refletir. 

Mas, onde estão as verdades se há manipulação e dominação por todos os lados? 

As verdades estão nos resultados, nas causas e consequências das ações. O resultado da dominação indígena é o conflito, que causou a morte de milhares deles em seguida das dos escravos afros, e no caso da ditadura, morte, a perca da liberdade, da democracia e da cidadania. Essa é a verdade!

Então usem o "medidor" e saberão a verdade, seja de que natureza for!!! 

Vote consciente!

Abraços!

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Koellreutter: "As revoluções musicais de um mestre Zen"


Koellreutter e sua Hammig transparente.
Transparência era conceito de sua música.
Achei recentemente um livro disponível na internet que narra os episódios da vida do compositor Hans Joachim Koellreutter. Muito interessante a sua história de vida narrada por Emanuel Pimenta na obra "As revoluções musicais de um mestre Zen". O nosso mestre alemão ensinou a todos nós com seus conceitos de liberdade e transcendência durante toda sua vida. Tive o prazer de ser seu aluno, ainda que de modo informal, nossos diálogos foram muito mais do que aulas sobre harmonia e estética. Aprendi com esse mestre o valor de cada som e a deixar a mente livre de preconceitos para poder criar tudo o que ela me sugestionasse. Junto com Sérgio Villafranca (meu professor de música de câmara voltado para música do século XX que nos apresentou) fizemos o CD ACRONON, um trabalho de Sérgio que é dedicado a cada período do compositor. No CD cheguei a tocar com a famosa flauta transparente do mestre que hoje está na Fundação Koellreutter, me lembro que cheguei até fazer uns conSertos na sua flauta Hammig de acrílico. Foi um prazer ser amigo-aluno dessa figura ilustre que nos deixou saudades.

 PIMENTA, E. D.M. "As revoluções musicais de um mestre Zen" 1a Ed. 2010

Sobre Acronon



Acronon é um ensaio (pois são configurações abertas e delineadas), de forma planimétrica,
variável e assimétrica. São três graus de andamento e 18 módulos (gestalts) sonoros, combinados aleatoriamente pelo intérprete, seguindo a partitura escrita (em cores) numa esfera transparente.

"Acronon" significa ser independente e livre do tempo medido, do tempo do relógio, do metrônomo e, em termos musicais, da métrica racional, da duração determinada, do compasso. É uma tentativa de realizar música que ocorre no âmbito de um tempo qualitativo -o tempo como forma de percepção.

Para saber mais:

Coautoria de Sérgio Villafranca e Wagner Ortiz da obra Acronon, 
interpretação sobre a Esfera e releitura da obra original.
Gravado em Estúdio Santa Marcelina
Técnico Eduardo Avellar

CD: Acronon - Hans-Joackin Koellreutter
(Sérgio Villafranca, piano)
Estúdio Santa Marcelina
Independente

Felipe Soares e Sérgio Villafranca a Esfera
em Festival de Música da ULM