sexta-feira, 21 de junho de 2013

Dualismo Feminil






Conheço duas mulheres.

Qual é frágil?
Quem é poderosa?

Fácil quando olho as estrelas.
Se lá vejo o brilho - tácito.
Ou dele sinto falta - ácido.

São duas estrelas,
Uma cintila nos olhos das crianças
A outra o mulheril fulgura.

Uma é a alma
E a outra é a flor.
A alma é singela.
A flor é vermelha.

Uma canta, dança, fala,
Outra acalanta, cala.
A que fala olha a tela
A calada o peito martela.

Qual é frágil?
Quem é poderosa?

Os cianogênios olhos da fera
Cá as letras dilacera.
E a bela fulmina-me na artéria
Escorre meu negro sangue.

Aquela segura o aperto,
Essa desata o esperto,
Pois uma é a que fere
A outra que me ingere.

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domingo, 9 de junho de 2013

Orto Teu



Cá, o astrólogo acura lentes,
Permanece sereno,
Do lado mais escuro,
Em densa troposfera,
Esculpindo raras letras,
Galgando a tua silhueta,
Tateando tua luz cianótica.

Brilhas no teu dia profundo
Enalteces o mundo!
Teus ínvidos adormecem
Calcinados da luz e cálice ferino,
Mas teus fiéis genuínos
Te cortejam nas alturas
Solenizam tua meiga aurora.

Hoje se faz etérea tua luz,
No dia que coraste o céu,
Das especiais belas vezes
Que espiralaste os halos
E espalhaste pós celestes,
Sininho, deste asas à alegria,
Mas te roubou lindo louro.

Parabéns!
09/06/2013

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