quarta-feira, 24 de agosto de 2011

A Palavra Ri




A Palavra Ri
 Palavra cerrada fala
De versos anis, azuis,
De tempo e confusa forma
Das linhas que escrevi
No espaço dos espelhos
Nos reflexos de buquês
Em fio de navalha
Em refrações caóticas
No vazio mudo, silêncio branco
Que a tinta a folha talha.

Palavra seja coberta,
Descoberta, curta ou profusa
Da pena à tela martela.
E a forma serena torna
As linhas em versos se fazem
As letras em pétalas de rosas.
Perfume de cores, exóticas.
Som perfeito, música,
A boca se abre completa
E a palavra em riso se torna.


http://homolitteras.blogspot.com/
Biblioteca Nacional - Lei 9610/88
©Wagner Ortiz - reg. 178-3/299-3


Ao professor Raul ArriagadaCasa

sábado, 20 de agosto de 2011

Violência



De http://democratizandoosaber.blogspot.com



Violência

Tapa...
Volita na face, estrala.
Despeja insana saraiva.
Troveja, pois, toda a raiva.
Irrita, faz da mente vassala.

Bala...
Voa sem rumo, escrava.
Dói sem pena, da tela.
Rói com dolo, martela.
Soa com luto, recrava.

Matar...
Ato ferino, feito ferida
Traga a razão, desfaz o laço.
Adaga fina, ceifa da vida,
Fato interino do nosso fracasso.

©Wagner Ortiz
Reg. BN 178-2/299-3

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

A mente e a imaginação




"Imaginação é tudo, é a prévia das atrações futuras"; 

“A imaginação é mais importante que o conhecimento. O conhecimento é limitado. A imaginação envolve o mundo.Eu sou suficientemente artista para desenhar livremente na minha imaginação. Imaginação é mais importante do que o conhecimento. O conhecimento é limitado. A imaginação abraça o mundo inteiro, estimulando o progresso, dando vida à evolução.”— Albert Einstein


As famosas falas de Einstein convence o homem cada vez mais que o caminho para ótimas ideias é a imaginação. Na verdade o que o grande físico quis dizer é que o conhecimento deve ser usado criadoramente, pois sua força potencial não tem limites. Hoje há possibilidade de acessar muita informação com apenas um clique, o conhecimento está espalhado por todos os lugares, se democratizou graças à revolução tecnológica e sobretudo a difusão da internet, porém tais cérebros eletrônicos e sites são incapazes de produzir qualquer ideia. Está tudo no ar e funcionando (graças à imaginação de outros), porém temos que aprender, significar e usar tudo para criar mais. Não adianta todo esse conhecimento democratizado se não há sua absorção pelas mentes, pois há necessidade de existir a mediação desse conhecimento, nos mais difusos processos, para que seja significativo, forme visão de mundo, torne o indivíduo sensível, espiritual, aguçado e crítico, além de tornar esse em um especialista, fazê-lo capaz de expandir o conhecimento e ter o auto-conhecimento.

No Popular, a imaginação é encarada como mera fantasia. Como algo que não ajudará a criança a passar no vestibular ou reproduzir os métodos ensinados, e por esse motivo, crianças são reprimidas pelos professores no exato momento em que sua atenção se desvia do monótono conteúdo programático das aulas e se volta para a dinâmica da sua própria imaginação. Contudo, hoje sob os novos conhecimentos pedagógicos, deve-se cada vez mais promover atividades desafiadoras para os alunos, momentos para que usem apenas a imaginação criadora.

O escritor Alex. F. Osborn, em sua obra "A força oculta", de 1971, em capítulo dedicado a imaginação simplifica sob ponto de vista funcional 4 propriedades de nossas habilidades mentais criativas:

1. Absortiva - habilidade de observar e de aplicar a atenção;
2. Retentiva - habilidade da memória em gravar e lembrar;
3. Raciocinativa - habilidade de analisar e julgar;
4. Criadora - habilidade de visualizar (ou ver mentalmente), prever e gerar ideias.


Há belos exemplos da atividade criadora usada com imaginação, um exemplo musical é Bizet, que nunca foi à Espanha, mas no entanto criou uma obra prima ao escrever a ópera Carmem e as duas suites que retratam a Espanha. Talvez, de tantos defeitos que o homem possui, a imaginação seja uma espécie de redenção, ou melhor, a única parte boa realmente, que pode ser a única coisa perfeita que se justifica a afirmação na Gênesis na semelhança entre Deus e o Homem. A imaginação é simplesmente perfeita!


Ainda falando de exemplos da capacidade imaginativa usada de forma criadora, não há coisa mais incrível que a invenção da gastronomia. O homem evoluiu de simples sementes e raízes, para pratos sofisticados e saborosos. Não foi pouco para se descobrir tudo que se pode comer e o que não pode, como plantar, colher, cozer, preparar, combinar, e até hoje ainda se descobre, pois a cada dia se inventam novos alimentos e formas de prepará-los.


Na nossa sociedade a imaginação geralmente é forçada a funcionar, gerando explosões de ideias novas e melhoramentos na ideia antigas, isso se deve em parte pois desde a entrada da concorrência no mercado produtivo o homem tem que produzir respostas criativas e rápidas. Além disso, quando diante de problemas a necessidade do esforço criador, como é o caso de epidemias, catástrofes, etc. Nesses casos o maior aliado da imaginação é a pesquisa, assim nascem inúmeros estudos científicos com o objetivo de resolver problemas.


Ainda falando do esforço criador, o séc. XXI tem se mostrado um dos maiores desafios da mente humana, pois os problemas globais são tantos que nesse momento crítico em que o mundo sofre com as consequências de outros inventos como a poluição, o aquecimento global, cidades superlotadas, etc. o homem tem a tarefa de usar a imaginação criadora para resolução dos mesmos. Assim vimos diversas hipóteses que foram formuladas para resolução dos problemas atuais, além de novas técnicas sendo usadas e um número cada vez maior de pesquisas sendo realizadas, um exemplo é a tecnologia verde, imaginada para diminuir o impacto da poluição no meio ambiente.


A imaginação é um tema muito amplo para se destrinchar, porém é fácil comprovar como é importante para o homem o pensamento criador para transformação do mundo e da sua vida. Portanto, seja na vida pessoal, financeira, em comunidade, etc. o homem precisa organizar esse mundo, contribuir e melhorá-lo a cada dia.


Conclusão


O valor de um homem deve medir-se pelo que dá e não pelo que recebe. Não se converta em um homem de sucesso senão num homem de valores. (Einstein)

"A árvore que produz maus frutos não é boa e a árvore que produz bons frutos não é má; - porquanto, cada árvore se conhece pelo seu próprio fruto. Não se colhem figos nos espinheiros, nem cachos de uvas nas sarças. - O homem de bem tira boas coisas do bom tesouro do seu coração e o mau tira as más do mau tesouro do seu coração, pois a boca fala do que está cheio o coração." [S. LUCAS, cap. VI, vv. 43 a 45.] (Jesus)

Neste vídeo Terence Mckenna amplia ainda mais essa visão e fala sobre a imaginação como um receptor de informação proveniente de um espaço não-local da experiência que fazemos parte. Algo que se torna cada vez mais forte e presente ao longo do tempo.



quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Russolo: futurismo e pancadaria

    Geralmente digo que para entender a  música do mundo é necessário se abster dos rótulos e pré-conceitos,  assim deixar que os conceitos sejam ampliados, unindo-os e nunca rotulando-os. Muitos compositores procuram arte nas mais diversas culturas do planeta e incorporam elementos dessa riqueza cutural em seus trabalhos que por sua vez geraram obras primas. Basta ouvir o Choro 10 de Villa-Lobos para se conscientizar disso, é tão interessante o uso de outros elementos por Villa que até hoje muitos percussionistas sofrem para aprender a tocar os instrumentos anotados por ele, além do desafio de tocá-los, há o desafio de fazê-los. No caso de Luigi Russolo, amante do ruído, achei interessante a história, vejam os recortes da tese de Hashimoto a reação do público para com sua música futurista.






Recorte de: Hashimoto Almeida, F L. Analise musical de "Estudo para instrumentos de percussão", 1953, M. Camargo Guarnieri; primeira peça escrita somente para instrumentos de percussão no Brasil. Unicamp 2003 - Pgs. 30-31


Luigi Russolo - Veglio Di Una Città (from "Die Kunst der Geräusche")


Luigi Russolo (30 de abril, 1885 - 4 de Fevereiro de 1947 (61 anos)) foi um pintor e compositor Itáliano, futurista e o autor daL'Arte dei Rumori (A arte do ruído) (1913) e Música Futurista.


Intonarumori, instrumento criado por Russolo para produzir ruídos, para ele havia uma realidade muito ruidosa e isso não poderia ser ignorado em sua música.




Vídeo Informativo






segunda-feira, 15 de agosto de 2011

"Não pago pedágio em lugar nenhum"



E então? A advogada está certa? O CIDE é mesmo destinado aos reparos das estradas, já pagamos pedágio ao encher o tanque? Então estamos pagando pedágio quando não usamos as estradas? O pedágio e a privatização tem base legal? E o que dizer do espaço aéreo, pagamos pedágio para voar? Bem, acho que merece no mínimo um exame, e, especialistas devem esclarecer a população.

Aluna de 22 anos afirma: "Não pago pedágio em lugar nenhum"

O texto está correndo o Brasil! LEIA:

06/06/2011
"A Inconstitucionalidade dos Pedágios", desenvolvido pela aluna do 9º semestre de Direito da Universidade Católica de Pelotas (UCPel) Márcia dos Santos Silva choca, impressiona e orienta os interessados.

A jovem de 22 anos apresentou o "Direito fundamental de ir e vir" nas estradas do Brasil. Ela, que mora em Pelotas, conta que, para vir a Rio Grande apresentar seu trabalho no congresso, não pagou pedágio e, na volta, faria o mesmo. Causando surpresa nos participantes, ela fundamentou seus atos durante a apresentação. Márcia explica que na Constituição Federal de 1988, Título II, dos "Direitos e Garantias Fundamentais", o artigo 5 diz o seguinte:

"Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade " E no inciso XV do artigo: "é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens". 

A jovem acrescenta que "o direito de ir e vir é cláusula pétrea na Constituição Federal, o que significa dizer que não é possível violar esse direito. E ainda que todo o brasileiro tem livre acesso em todo o território nacional O que também quer dizer que o pedágio vai contra a constituição".

Segundo Márcia, as estradas não são vendáveis. E o que acontece é que concessionárias de pedágios realiza contratos com o governo Estadual de investir no melhoramento dessas rodovias e cobram o pedágio para ressarcir os gastos. No entanto, no valor da gasolina é incluído o imposto de Contribuição de Intervenção de Domínio Econômico (Cide), e parte dele é destinado às estradas.

"No momento que abasteço meu carro, estou pagando o pedágio. Não é necessário eu pagar novamente Só quero exercer meu direito, a estrada é um bem público e não é justo eu pagar por um bem que já é meu também", enfatiza.

A estudante explicou maneiras e mostrou um vídeo que ensinava a passar nos pedágio sem precisar pagar. "Ou você pode passar atrás de algum carro que tenha parado. Ou ainda passa direto. A cancela, que barra os carros é de plástico, não quebra, e quando o carro passa por ali ela abre.

Não tem perigo algum e não arranha o carro", conta ela, que diz fazer isso sempre que viaja. Após a apresentação, questionamentos não faltaram. Quem assistia ficava curioso em saber se o ato não estaria infringindo alguma lei, se poderia gerar multa, ou ainda se quem fizesse isso não estaria destruindo o patrimônio alheio. As respostas foram claras. Segundo Márcia, juridicamente não há lei que permita a utilização de pedágios em estradas brasileiras.

Quanto a ser um patrimônio alheio, o fato, explica ela, é que o pedágio e a cancela estão no meio do caminho onde os carros precisam passar e, até então, ela nunca viu cancelas ou pedágios ficarem danificados. Márcia também conta que uma vez foi parada pela Polícia Rodoviária, e um guarda disse que iria acompanhá-la para pagar o pedágio. "Eu perguntei ao policial se ele prestava algum serviço para a concessionária ou ao Estado.

Afinal, um policial rodoviário trabalha para o Estado ou para o governo Federal e deve cuidar da segurança nas estradas. Já a empresa de pedágios, é privada, ou seja, não tem nada a ver uma coisa com a outra", acrescenta.

Ela defende ainda que os preços são iguais para pessoas de baixa renda, que possuem carros menores, e para quem tem um poder aquisitivo maior e automóveis melhores, alegando que muita gente não possui condições para gastar tanto com pedágios. Ela garante também que o Estado está negando um direito da sociedade. "Não há o que defender ou explicar. A constituição é clara quando diz que todos nós temos o direito de ir e vir em todas as estradas do território nacional", conclui. A estudante apresenta o trabalho de conclusão de curso e formou-se em agosto de 2008.

Ela não sabia que área do Direito pretende seguir, mas garante que vai continuar trabalhando e defendendo a causa dos pedágios.

FONTE: JORNAL AGORA

Comentário: E agora, como fica a situação. Quem vai apoiar a advogada?... Ministério Público?... Movimento popular?...
Ela sozinha não vai conseguir convencer o poder constituído.


Como baixar partituras e arquivos do 4Shared - How do download sheets and files from 4Shared


Para evitar baixar coisas erradas e abrir propagandas inconvinientes aprenda como baixar as partituras e arquivos do 4Shared: (How do download sheets and files from 4Shared)


1. Escolha a partitura na lista e click no link; (Choose the score and click on the link)

2. Ao abrir a página click no BOTÃO AZUL somente; ( When you open the page click on blue botton)

3. Aguarde os segundos e click no novo link e salve: (Wait and click on the new link and save)


Muito obrigado pelo interesse nas minhas obras!