segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Poeta caçador

Poeta caçador

Caço o indizível,
O crespúsculo-ser,
Uma chispa da chama
Que arde no olhar,
No sorriso,
Na beleza.


Traduzo-a
Por ser poesia
Por ser música
Por ser beleza
Por ser cor
Por ser sabor,
E por ser perfume da flor,
Singela flor carmim
Que carrega toda paixão!


©Wagner Ortiz
Todos os direitos reservados ao autor
REG. BN 178/02-299/3

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Poeta José Donizete



O amigo José foi meu companheiro na faculdade. Começou a escrever lá no curso. Assim o incentivei e o homem se transformou em uma máquina de fazer poesias bonitas. Além disso ele é um ótimo desenhista, faz desenho técnico e artístico. Um caro amigo! Confiram mais do trabalho dele no site:

http://sitedepoesias.com/poetas/José+Donizete+da+Silva


Carnalvalização


A carnalvalização

Tomou volume

E ganhou conceito.



Penetração automática

Numa rapidez fingida

Polifolia carnal.


Há máquina em nós agora

Soma com as outras somas

Ela em sua trajetória

Carnal polifolia.


Sexo de mais

Sexo de menos

Carnalvalização de

Quem pode mais

Quem pode menos.


E o amor,

Como fica?


Sugiro a essa

Polifolia banal

Que entre adentro

Todo o lixo do luxo

E perpasse suas entranhas.

©Doni


O quadro

Lá estava o quadro emoldurado

Nunca reparei estava lá há muito.

O que retratava, fui apreciando

Aquela bela obra, que bom gosto,

Uma grande produção eu comparo

As portuguesas de Nuno Crespo.

Carregada de amor... Amor pleno

Belas orquídeas e o amor perfeito.

Um dia... Encontrei o meu coração

Com belas orquídeas por todo lado.

Achou que eu já havia deduzido

Suas flores preferidas no quadro.

©Doni
06/03/2010

domingo, 22 de agosto de 2010

Zilio: Fotógrafo e Escultor



Pesquisando e navegando pelos imensos mares da net pude achar um grande tesouro da arte. Um fotógrafo muito interessante, apaixonado pela natureza e por Jesus. Em suas esculturas retrata passagens bíblias e seu olhar é singelo e doce. Na fotografia Zilio deixa sua marca, preferência pelo colorido e deslumbrante. Adorei! Confiram a arte desse artista humilde já que poucas informações encontrei dele. É um prazer divulgar suas obras e o mínimo que posso fazer!

Site: http://www.flickr.com/photos/oiliz/

Alguns trabalhos:
CréditosTodos os direitos reservados a ©ZILIO 2010

©ZILIO
Ipê ©ZILIO
Passagem da Mulher Samaritana - ©ZILIO

Jesus de Nazaré - © ZILIO

©ZILIO

Não parece um peixe? - ©ZILIO

Um abraço e parabéns ZILIO!!!

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Erradicação da ignorância na CCB

A ignorância, bicho feio, é infelizmente a chave mestra na CCB. Junto com a hipocrisia que gera um pensamento alienado a um sobrenatural que é pura enunciação - manipulação pela intimidação -autoritarismo e exclusivismo. Assim, cegam as pessoas para que sigam suas leis, acreditando ser um cidadão especial, usando rituais e linguagem especial para se distinguir dentre as outras igrejas e pessoas.


É um abuso de poder, da palavra de Deus, que, segundo a CCB, só é verdadeira nos seus púlpitos, entretanto, da boca de seus ministros saem as maiores torpeza, pois são ignorantes a respeito de muitas coisas. Seus membros discutem "doutrinas básicas" que o autor de aos Hebreus intensificou para os Judeus: não façam isso, saiam dos primeiros rudimentos. Mais a SUPREMACIA é uma história antiga, principalmente para os que se alegam especiais.


É uma pena, pois há pontos muito louváveis na CCB. Uma ordem impecável, se não fosse pela ditadura, seria ótimo. A reverência, se não fosse pela ritualização, estaríamos no céu. As orquestras, não pela qualidade, mas pela intenção, se não fosse a ignorância, taxações e proibições teríamos várias orquestras com nível altíssimo, pois muitos músicos são formados. O zelo e respeito pelo irmão, colega de grupo social, mas pena que não é com todos. O respeito pela palavra, pena que não é para com a palavra de Deus que ecoa em todos os lugares, e sim por objetos inúteis e não pela palavra eterna que subsiste ao tempo como disse o mestre: "minhas palavras nunca passarão"; e muitas outras coisas...


Agora, o lamentável é a acepção de pessoas. Isso é inaceitável! E muito pior é propagar que não há necessidade de estudar a palavra, sendo que o próprio Jesus deu ordem para isso:


Jo 5:39 "Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim."


E o dicionário elucida a questão:


examinar
e.xa.mi.nar
(lat examinare) vtd 1 Proceder ao exame de, inspecionando atenta e minuciosamente. vtd 2 Estudar, meditar a respeito de; ponderar: Examine bem o assunto. vtd 3 Investigar a aptidão ou capacidade de: Examinava com rigor os candidatos. vtd 4 Interrogar (o candidato ou examinando). vtd 5 Observar: Examinar os outros. vpr 6 Fazer exame de consciência, observar-se com atenção: "Examine-se, pois, a si mesmo o homem..." (l.ª Epístola de São Paulo aos Coríntios, 11, 28 — trad. do Pe. Matos Soares). vtd 7 Inquirir (testemunhas) sobre a verdade de. vtd 8 Apurar, provar; verificar. vtd 9 Med Inspecionar visualmente ou por outros meios para diagnosticar doença ou anormalidade.


E os Bereanos:


Atos 17:11 Ora, estes eram mais nobres do que os de Tessalônica, porque receberam a palavra com toda avidez, examinando diariamente as Escrituras para ver se estas coisas eram assim.


Essa ignorância pode ser apurada de fato, pois os congregados mal conhecem sua própria língua e muitos são analfabetos funcionais. A prova cabal é a verificação da palavra "pródigo" em Lc 15, ou "cirandar" em Lucas 22:31. A maioria não sabe o significado.


É uma pena, pois a CCB tem tudo para ser uma ótima comunidade cristã. Não fosse pelo germe pútrido de Louis Franciscon de intolerância, de exclusivismo, de ignorância teológica e de sua técnica retórica dualista essa organização já haveria alcançado uma evangelização mundial. Mas ao contrário disso, é um grupo restrito de discurso estagnado e propagador de uma mensagem intolerante e sectária.


Mas porque tudo isso? Simples, pois a manipulação, ritualização, sacralização, exclusivismo, autoritarismo, supremacia em prol de um sobrenatural inexistente, ou seja, baseada sobre prerrogativa de que o próprio intérprete da palavra recebe revelações igualmente ou tão superiores quanto a palavra de Deus, pois a modifica. Assim, o oráculo é assinado pelo dom, expressa confiança, que é parte do contrato fiduciário e o dom garante a manipulação e a alienação dos adeptos dessa ideologia. Enquanto o texto sagrado diz: "E os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas." I Cor 14:32




Religião é o opio do povo

" Marx, Kant, Herder, Feuerbach, Bauer, Hess e Heine."

A religião pode fazer suportável [...] a infeliz consciência de servidão... de igual forma o ópio é de boa ajuda em angustiantes doenças.




"A verdadeira maneira de se enganar é julgar-se mais sabido que outros."
(François de La Rochefoucauld)




"Os verdadeiros caráteres da ignorância são a vaidade, o orgulho e a arrogância." (Samuel Butler)




"O pior da ignorância... é que... à medida que se prolonga, adquire confiança." (Autor desconhecido)

Cristão sim, ignorante não!



quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Stalingrado, II Guerra: Sonho

Hoje durante o sono da madrugada tive um sonho, geralmente tenho sonhos interessantes, digo assim pois sonho que estou em lugares e participando de uma história. Na verdade esses sonhos são histórias, contos que minha cabeça cria enquanto estou dormindo, então depois as escrevo, nem sempre, mas escrevo as histórias que sonho. Desta vez sonhei que era um menino vivendo na Rússia, que durante a segunda guerra mundial tenta fugir dos soldados alemães assassinos.

Na verdade minha vida era uma maravilha antes da guerra, vivia numa cidade pequena com a família. A vida era simples e minha família trabalhava com artesanato. Todos os dias pegava a flauta e ia tocar as margens do Lago próximo da minha casa. A paisagem era linda, magnífica, e toda essa grande visão da natureza moldou minha personalidade e sensibilidade. Era a liberdade! O ar frio no rosto, as folhas marrons e amareladas no chão, o azul do lago na imensidadão de luz, me sintia uma picelada no meio da tela pintora natureza.

Em 1938, papai resolveu sair da cidade para criar um negócio na em Stalingrado, onde havia uma feira de artesanato anual, e para onde íamos todos os anos vender. O papai pensava em melhorar de vida, e assim  nos mudaram para um cortiço no subúrbio da cidade.

A vida nova foi difícil. Eu tinha um sentimento de culpa, um peso, uma sensação de perda. Já não sorria, não vivia em liberdade, mas sempre atento, preocupado, já não tocava a flauta, e não via mais a beleza da natureza e as cores da vida. Logo comecei a praticar o artesanato para ajudar a família e a fazer pequenas peças em argila.

Depois da revolução russa, a vida não era fácil, e tudo tinha seu peso exatamente certo, não havia modo de prosperar, mas isso era o sonho de todos. Porém, com os rumores de guerras de uma Europa conturbada as pessoas viviam com muito medo, e em 1939, e desentendimento entre os homens se acentuou e a guerra começou de maneira fugaz. A vida se tornou uma loucura, e todos viviam com medo. Os homens e os mais jovens eram convocados, assim meus irmãos foram para o segundo batalhão das forças do exército russo.

A cidade de Stalingrado havia prosperado as margens do Volga, porém a cidade estava em estado de alerta, pois as tropas de Hittler avançavam e os bombadeiros sobrevoavam cidades russas. Em 1941, já era um rapazinho com 11 anos, a vida estava muito difícil. Para comer e se aquecer tínhamos que queimar os artesanatos, quadros, e outra coisas como ferramentas e utensílios. Comíamos água de batata cozida no mesmo fogo que nos aquecia. E todo os dias a cidade entrava em estado de alerta contra os ataques. 

Minha mãe foi obrigada a trabalhar duramente em uma fábrica de munição, que fora criada às pressas, mas o trabalho era semi-escravo, e ela se sentia tão cansada que mal podia cuidar de nós. Em uma noite ela não voltou, e depois disso ficamos abandonados. Ninguém nos avisou de nada, e as cartas que vinham de meus irmãos e pai, não podíamos ler, pois nunca tínhamos entrado em escola desde 1937. A vida estava se esvaindo, e minhas irmãs estavam doentes.

Em uma certa noite, em outubro de 1942, os zunidos foram fortes, as bombas caíam, e os estrondos eram colossais. As casas começavam a desmoronar e a fumaça a invadir todos os lados. Os soldados começaram invadir a cidade e as nossas forças a revidar com morteiros e tropas. Mas não foi fácil manter o inimigo afastado, logo pela fresta da janela vi os soldados entrando na cidade, gritando pelas ruas e os nossos soldados em desespero fugindo. Não havia mais casas do outro lado, haviam caído com as explosões. E então os soldados alemães fizeram guaritas e passaram a controlar a cidade.

Uma das minhas irmãs dormiu e não acordou mais. A outra estava muito fraca, e não podíamos sair de casa. Foi quando um grupo de soldados russos entrou em nossa casa, que resistia bravamente às rachaduras causadas pelo impacto das bombas. Eram dez soldados em 2 pequenos cômodos. Não diziam nada, apenas empunhavam pequenos revólveres e olhavam freneticamente pelas frestas da casa.

Naquela tarde cinzenta, choveu mais uma vez bombas, e a casa começou a desmoronar, os soldados foram descobertos pelas patrulhas que vasculhavam as casas das região, foram rendidos e assassinados, não via minha irmã. Quando capturavam os soldados entrei num canto apertado, um cômodo estreito e baixo da casa, fiquei atento e quieto. De repente ouvi gritos, as paredes desmoronaram por completo e os inimigos nos abandonaram. Fui salvo, mas as paredes onde estava começaram a ceder. tinha pouco tempo para tentar fugir. A janela começou a ceder e os vidros estouraram, então a armação cedeu, a parede começou a ceder. Tentei ir pelo cômodo central mais não havia mais espaço, pensei em salvar a flauta, mas o monturo havia obstruído a passagem e topei com uma perna no meio dos escombros. Voltei e olhei pela fresta onde havia a janela, os soldados me viram e gritavam, então pulei, e logo em seguida tudo veio abaixo.

O soldado me pegou, me levou devagar, eu estava com muita fome, então caí. Vi os tanques roncando pelas ruas, enormes! Ele me levantou e me deu uma parte de sua barra de ração. Depois, me colocaram em um veículo repleto de crianças e pude ver minha irmã caída no fundo. O caminhão foi pela estrada destruída, mas logo que saiu da cidade foi abordado pela resistência. Houve tiroteio. Os soldados do comboio foram mortos pelas últimas balas dos russos. Rapidamente tomaram os veículo, socorreram as crianças feridas, algumas estavam mortas, e seguiram. Entramos na floresta, depois conseguimos fugir para uma cidade pequena onde fomos salvos. Eu e minha irmã fomos deixados com uma família do local, e depois de 3 anos de infernos todos nós resistimos.

Anos mais tarde comecei a ensinar as crianças do local. Minha irmã se casou e foi para outra cidade. E hoje, depois de tudo, ainda me lembro da minha pequena casa perto do lago, onde me sentia uma pincelada na exuberante paisagem da natureza, que agora conta dos restos militares que ficaram no local.

Puf!

Bem, final do sonho e de volta a realidade!

 ©Wagner Ortiz

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Ordem dos Músicos do Brasil



Homenagem aos amigos: Ronaldo Camilo, Carrasqueiras e Décio Pignatari