quinta-feira, 26 de novembro de 2009

A Música e o músico

o que fico inconformado (ainda) é que aprendi sozinho, nunca tive um livro de harmonia, nem contraponto, nem orquestração (antes tivesse), agora foi tudo perdido. Tento esquecer, mas como disse não dá pra esquecer essa música que sai da minha alma. E agora não sei o que fazer com ela, está acabando comigo. Elas vem, mas agora, desacreditado de mim, não tenho mais vontade de escrevê-las por saber que ficarão mortas! É triste!
Músicas mortas, pra que servem?

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Ideias de Edson Aran


Não é um absurdo uma idéia sem acento!?

A coisa mais sem tento da tonta da reforma
A reforma ortográfica está na moda, mas é coisa que nem me incomoda.
A língua, língua mesmo, língua de verdade, ganha vida é na cidade, nas ruas, deixando palavras nuas, percorrendo expressões de cima a baixo, canibalizando estrangeirismos e deletando barbarismos.


Só um troço me irrita: a ideia sem acento.
Uma ideia sem acento é coisa sem tento, uma ideia aérea, um devaneio sem esteio. Sem acento, a ideia não se assenta.
Tenta, inventa, mas não acrescenta. Polemiza, mas não se concretiza.


Ideia precisa ser concreta ou fica pateta feito letra do Djavã.
Tola, confusa e vã. É o acento que torna a ideia aguda, talvez arguta, venenosa como um copo de cicuta.


Onde já se viu ideia sem acento?
Coisa mais sem talento: deixar a palavra completamente afônica sem uma sílaba tônica! Uma ideia platônica.
Os acadêmicos se excitam colocando e retirando acento, mas, convenhamos, foi uma idéia de jumento.


Lamento, mas é a ideia que move o mundo.
Merecia mais respeito desse bando vagabundo. Ideia sem acento é uma ideia atéia, à toa, plebéia.
Não voa. Basta olhar e comprovar: a palavra não fica boa.


Agora escrevemos tudo igual, ainda que muito mal.
Um e-mail de Macau pode ser lido na Guiné-Bissau,
Angola, Goa e Broa. Timor, Torpor e Estupor. Cabo Verde, Sargento Azul e Coronel Mostarda. Mandrake, Lotar e Barda. Bulhões, Camões e a Quinta dos Cagalhões.


Mas nunca – jamais – as ideias serão iguais.
Acadêmicos do Brasil e de Portugal: mexam na língua, já que não podem mexer o pau.
Mas devolvam à idéia, o acento.
O resto? Mudem a contento. Isso eu até agüento. Não mexam, porém, no que vocês não têm: a ideia é nossa e de mais ninguém.

A IDEIA SEM ACENTO
A coisa mais sem tento da tonta da reforma
Por Edson Aran

terça-feira, 17 de novembro de 2009

O Elefantinho e o Flautista




Essa história renderá um conto:

A foto é de meu amigo Toninho Carrasqueiras em turnê pela África. 
Tocando a flauta para os elefantinhos eles o agarram. Sintonia com a natureza que precisamos!!! 
Ele tem outra história, quando tocou no Peru em Machu Pichu, 
um beija-flor pouso em sua flauta enquanto tocava para Pacha Mama!!! 
Novamente, sintonia com a natureza!!!


Visite o site dele:


 http://www.kuarup.com.br/br/art_cada.php?art=53489630 (CDS)
http://www.discosdobrasil.com.br/discosdobrasil/consulta/detalhe.php?Id_Disco=DI03010 (choro)
http://ckuik.com/Toninho_Carrasqueira (videos)

Um abraço!

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Classicismo

Classicismo






CONTEXTO HISTÓRICO-SOCIAL


o Renascimento foi um amplo movimento econômico/ cultural e científico/ surgido na Itália/ em fins da Idade Média/ e que rapidamente se espalhou por toda a Europa/ onde se vivia sob o seguinte contexto: necessidade de caminhos marítimos para o Oriente/ em busca de especiarias; grande avanço científico/ que proporcionou as grandes navegações; a nova concepção do homem e o questionamento de algumas práticas da Igreja Católica. Nesse período/ houve um notável florescimento das artes/ que substituíram o primitivismo medieval pela noção de perspectiva/ pela multiplicação das cores e pelo maior equilíbrio com que as formas humanas passaram a ser retratadas. Desse mesmo modo/ a literatura clássica também refletiu um espírito novo/ mais centrado no ser humano/ nos seus problemas e nas suas conquistas. Essa visão antropocêntrica/ na verdade/ não surgiu pela primeira vez no Renascimento/ pois os antigos gregos já tinham construído uma sociedade baseada nela. Daí o nome Renascimento - uma associação ao ressurgimento de alguns valores que haviam caracterizado a cultura greco-romana clássica.
À luz dessas idéias, iniciou-se, no século XVI, o movimento literário chamado Classicismo.
Em Portugal, o Classicismo teve como marco inicial o ano de 1527, com o retorno de Sá de Miranda da Itália, e como marco final, 1580, ano em que Portugal passou para o domínio espanhol. Sá de Miranda traz até seu país um novo ideal de poesia: a medida nova - os sonetos de versos decassílabos, já cultivados por Dante Alighieri e Petrarca na Itália.





                          CARACTERíSTICAS DO CLASSICISMO
                                  
1. Imitação dos autores clássicos gregos e romanos da antigüidade, como Homero, Virgílio, Ovídio, etc., valorizando, além do soneto, as epopéias.
Observe a semelhança entre os primeiros versos de Os Lusíadas (Camões, século XVI) Eneida (Virgílio, antigüidade Clássica).
Os Lusíadas
As armas e os barões assinalados, Que da ocidental praia lusitana, Cantando espalharei por toda parte.
ENEIDA
Canto as armas e o varão Que foi o primeiro a vir Das praias de Tróia.
2. Uso da mitologia
Os deuses e as musas, inspiradores dos clássicos gregos e latinos, aparecem também nos clássicos renascentistas.
Por exemplo, em Os Lusíadas, Vênus (a deusa do amor) e Marte (o deus da guerra) protegem os portugueses nas suas conquistas marítimas, ao passo que Baco (o deus do vinho) tenta atrapalhá-Ias e destruí-Ias.
3. Predomínio da razão sobre os sentimentos
A linguagem clássica não é subjetiva nem impregnada de sentimentalismo e de figuras, porque procura filtrar, através da razão, todos os dados fornecidos pela natureza e, desta forma, expressar verdades universais.
4. Uso de uma linguagem sóbria, simples, sem excessos de figuras literárias.
5. Idealismo: busca da perfeição estética, da pureza das formas e dos ideais de beleza.
Os clássicos abordam como tema o homem ideal, liberto de suas necessidades diárias, comuns. Os personagens centrais das epopéias são apresentados como seres superiores verdadeiros semideuses, sem defeitos.
Por exemplo, Vasco da Gama, em Os Lusíadas, é um ser dotado de virtudes extraordinárias, incapaz de cometer qualquer erro, admirado pelos próprios deuses.
6. Amor platônico
Os poetas clássicos revivem a idéia de PIa tão de que o amor deve ser sublime, elevado, espiritual, puro, não-físico.
Amor é brando, é doce, é piedoso; Quem o contrário diz não seja crido.
Camões
7. Busca da universalidade e impessoalidade
A obra clássica torna-se a expressão de verdades universais, eternas, e despreza o particular, o individual, aquilo que é relativo.
Epopéias são poemas longos sobre feitos grandiosos e heróicos, como foram as grandes descobertas marítimas dos portugueses. São epopéias famosas da antigüidade clássica:
Ilíada e Odisséia, de Homero; Eneida, de Virgílio; e na Idade Moderna temos Os Lusíadas, de Camões.
PRINCIPAIS AUTORES DO PERíODO CLÁSSICO
Os principais autores desse período, em Portugal, são: Sá de Miranda, Luís Vaz de Camões, João de Barros, Bernardim Ribeiro, Antônio Ferreira, Diogo Bernardes, Damião de Góis, Fernão Mendes Pinto, Fernão Cardim.
João de Barros destacou-se na historiografia, com a obra Décadas, em que narra a história das conquistas, navegações e comércio dos portugueses. Fernão Mendes Pinto se sobressai na literatura de viagem, com Peregrinação e Bernardim Ribeiro com a novela Menina e Moça.
De Antônio Ferreira, temos a peça Tragédia de Dona Inês de Castro, que apresenta como personagens principais:
D. Pedro (príncipe), filho de D. Afonso IV (rei de Portugal); Dona Inês de Castro, amante de D. Pedra;
D. Afonso IV, que, na ausência do filho, manda executar Dona Inês, por ser amante do filho e por motivos políticos.
A tragédia culmina com a morte de Inês e com os atos de loucura de D.
Pedra.
Luís Vaz de Camões








a) Luís Vaz de Camões(1524 ? - 1580) é, sem dúvida, a maior figura do período clássico.
Camões teve uma vida bastante conturbada. Combateu como soldado na África, onde perdeu o olho direito. Retornou então a Portugal e, após envolver-se numa disputa, foi preso, só conseguindo perdão ao concordar em ir para a Índia, novamente como soldado. Esteve em Goa, seguindo depois para Macau - aí exercendo a função de provedor dos defuntos e ausentes. Voltando a Goa, seu navio naufraga, mas ele consegue salvar-se. Ao finalmente regressar a Portugal, publica, em 1572 Os Lusíadas. Alguns anos depois, morreu na miséria.

PRODUÇÃO LITERÁRIA
Camões foi poeta lírico, dramático e épico.
Como poeta lírico, escreveu cerca de 300 sonetos de notável valor artístico - todos humanos, profundos, elegantes.
Como dramático, produziu três autos: Anfitriões, Seleuco, Filodemo.
Como épico, Camões escreveu a obra-prima da língua portuguesa: Os Lusíadas.  
        
 A epopéia Os Lusíadas é composta de 10 cantos, 1.102                                  
estrofes, num total de 8.816 versos. As estrofes de 8 versos                                     
decassílabos obedecem à rima do esquema ao lado.                                                 
O poema Os Lusíadas segue os padrões clássicos da antigüidade e apresenta as seguintes partes:
1. Proposição ou introdução: o poeta apresenta, em rápidas pinceladas, o assunto do poema: propõe-se a cantar os feitos de ilustres portugueses.
2. Invocação: à maneira dos antigos clássicos, que pediam auxílio aos deuses, Camões invoca as Tágides, musas que habitavam o Tejo, para que o auxiliem a cantar condignamente os feitos lusos.
3. Dedicação ou oferecimento: o poeta oferece seu poema ao rei de Portugal, Dom Sebastião.
4. Narração: relata a viagem de Vasco da Gama às Índias, em meio a peripécias de todo o tipo. No transcorrer desse relato, Camões introduz episódios importantes da História de Portugal.
5. Epílogo: Camões apresenta nesta parte um quadro negativo, ou seja, a pátria em ruínas e a miséria do povo
Em Arte, o Classicismo refere-se, geralmente à valorização da Antiguidade Clássica como padrão por excelência do sentido estético, que os classicistas pretendem imitar. Ao classicismo opõe-se o Romantismo. A arte classicista procura a pureza formal, o equilíbrio, o rigor - ou, segundo a nomenclatura proposta por Friedrich Nietzsche: pretende ser mais apolínea que dionisíaca.
Alguns historiadores de arte alegam que na História da arte concorrem duas grandes forças, constantes e antagônicas: uma delas é o espírito clássico, a outra, o romântico.
As duas grandes manifestações classicistas da Idade Moderna européia são o Renascimento e o Neoclassicismo.
Serve também o termo clássico para designar uma obra ou um autor depositários dos elementos fundadores de determinada corrente artística.

Na música

Ver artigo principal: Era Clássica.

Na literatura

Ver artigo principal: Literatura classicista.
É um período de enorme progresso literário com o inicio da Historiografia e da primeiras formas de teatro com presença de "scripts" por Gil Vicente. Camões foi o mais importante poeta do classicismo português, sendo sua maior obra, Os Lusíadas, a maior epopéia já escrita em português.

Ver também

 O Classicismo teve inicio na Itália no século XIV e apogeu no final do século XVI.

Índice


Contexto histórico


No Mundo

  • Antropocentrismo
  • Plano Econômico
  • Plano Social => Criação da Imprensa
  • Plano Industrial
  • Se espalhou rapidamente pela Europa, com a criação da imprensa as informações eram divulgadas com maior rapidez.

Marco Inicial


Características Gerais

  • Imitação dos autores clássicos gregos e romanos da antiguidade
  • Uso da mitologia dos deuses e o uso musas como inspiração
  • Racionalismo: Predomínio da razão sobre os sentimentos
  • Uso de linguagem sóbria, simples, sem excesso de figuras de linguagem
  • Universalismo
  • Nacionalismo
  • Neoplatonismo amoroso
  • Busca do equilíbrio formal

Autores


Portugal


Ver também

Outros Autores


Francisco de Sá de Miranda (1481-1558). Escreveu poemas na medida nova e na medida velha. Escreveu, ainda, a tragédia Cleópatra, as comédias Os Estrangeiros e Vilhalpandos.
Antônio Ferreira (1528-1569). Discípulo de Sá de Miranda, escreveu Poemas Lusitanos, Castro, Bristo e Cioso.João de Barros (1496?-1570), autor de As décadas da Ásia.

Bibliografia


http://www.mundovestibular.com.br/categories/Português/
http://www.micropic.com.br/noronha/liter2.htm
http://www.tiosam.com/?q=Literatura_classicista



Rosangela de Oliveira Firmino 153851 
Maria Perpétua C. Costa 151430