quarta-feira, 29 de julho de 2009

Bolhas de Sabão - Wagner Ortiz

BOLHAS DE SABÃO

Olha as bolhas de sabão,
Redondas, cheias de cores,
Cheias de ar e de encanto!

As crianças brincam tanto
Nem vêem as suas dores
Delas estourando no coração.

Elas vão bailando no céu,
Misturam-se umas às outras
Cantando e acariciando o nada, o vazio.

Mas o que importa nestas horas?

O sonho transparente, etéreo,
Realizado numa curta dança
Que faz brilhar os olhos das crianças!

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domingo, 26 de julho de 2009

1ª Mesa Redonda: Os Chamados para Arte

Meus estudos fotografados com meu celular:



Estudo 05 - Crucificação - Guache sobre Papel - 30X42


Estudo 04 - Torres Gêmeas - Guache Sobre Papel - 30X42


Estudo 03 - Releitura de Foto - Lápis de Cor sobre Papel A4

Estudo 02 - Praia - Tinta feita de cola colorida sobre papel A4 -


Estudo 01 - Desenho - Lápis de Cor sobre papel A4

Bom virtualis amigos homolitteras!

Hoje, para debater o tema, compartilho um pouco de meu singelo trabalho com as tintas e meus desenhos. O curiososo é que não sou desenhista e nem pintor, nunca levei a sério por não ter talento para essa modalidade da arte. Minha prioridade foi sempre o estudo da música, então, deixei muitos chamados de lado, como a matemática, pintura e desenho, a escrita, etc. Porém, sempre houve uma voz, um chamado para desenhar, pintar e escrever. Agora parece que chegou a hora de me dedicar um pouco mais as pinturas e desenhos e obedecer ao chamado da arte. Assim inicio uma nova jornada e quero postar 1000 estudos aqui. Vamos ver os resultados!

Mas, porque esses chamados acontecem?

A Arte, palavra que vem do Latim Ars, significando técnica e/ou habilidade e se torna muito complicado defini-la sem se ater a preconceitos, mas essa manifestação pode ser entendida como a atividade feita pela homem a partir da percepção e das emoções para comunicar as suas ideias.
Daí pode-se entender a arte como a manifestação do pensamento + a linguagem, que segundo Vygotsky, são inseparáveis, logo não há um sem o outro. (Engels). Portanto, o pensamento e a linguagem são dois aspectos de um único processo: o de conhecimento de mundo, da reflexão sobre esse conhecimento e da comunicação dos seus resultados. (Schaff). Logo o significado de arte pode ser ampliado seguindo essa ótica, pois tudo pode se tornar arte.

Dessa maneira, para entender esses chamados basta entender a processo de inteligências multiplas de Gardner (1995). Para ele a inteligência é uma propriedade do ser humano, cuja dimensão difere de indivíduo para indivíduo e que se caracteriza pela forma como alguém executa uma tarefa. Para ele, inteligência é, essencialmente, a capacidade de resolver problemas. Assim ele derrubou o mito de que a inteligência é um fenômeno único, composto de habilidades lingüísticas e matemáticas e propôs, a princípio, sete tipos de inteligência: verbal ou lingüística; lógico-matemática; musical; espacial/visual; corporal/sinestésica; interpessoal e intrapessoal. Então, basta agora cada indivíduo, seja por estimulo direto ou indireto, descobrir a que é chamado para iniciar o desenvolvimento.

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Com a palavra os homo litteras:

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Um abraço!

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Adaptação (Séc XXI) - Binha Verde Cristal


Oléo sobre tela de Binha Verde Cristal (Jarbas Roberto dos Santos)

Adaptação (Séc XXI)

E agora?
Unindo as línguas...
Será que haverá um beijo entre as nações?
Um encontro literário universal ?!!!!
A união dos povos está muito além da escrita,
Estamos no auge da tecnologia,
Mas o principal ainda não aprendemos
Que é o amor.

Caiu o trema
Ai eu tremo
Ai eu tremo
Ai eu tremo...

Novas regras.
Que desperdício!!!
Ficamos duplamente mai$ pobre$.
Vivam e verão

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Impossible - Larissa Martin

Schumann - Brahms

Queridos Homo Litteras...

com a linda poesia da Larissa lembrei-me de uma história interessante sobre esse tema. A história do compositor Johannes Brahms. Ele, quando jovem, se apaixonou aterradoramente pela bela pianista Clara Schumann. Mas, a paixão, do jovem Brahms, Clara, já estava comprometida com o compositor e pianista Robert Schumann e tornou a paixão em uma agonia sem tamanho. Pobre Brahms, o destino reservado a ele foi duro. Clara e Schumann então se casaram, podemos imaginar que as esperanças de Brahms se acabaram, mas não, ele continuou a amá-la e sofrer por ela. Assim nutria essa paixão platônica. Depois de alguns anos ele foi hóspede dos Schumanns, e após alguns anos Schumann ficara louco, foi internado e dois anos depois morreu. Como Brahms era um nobre, não quis desposar a viúva e a honrou até a morte. Nunca se casou e nunca concretizou seu amor. Dizer ser esse o motivo de sua melancolia que muita das vezes e expressa na sua música. Vale a pena ouvir Brahms, sua música é muito profunda e séria.

Vamos ao poema:




Impossible

What is in beauty that can make you agony?
What is in love that seems to tear you apart?
Why would supposedly delightful things become painful?

We are born and we grow up selfish, that is why!

We wish naively to own beauty.
We wish arrogantly to control love.
We wish, after all, what is utterly impossible!

And the impossible hurts more than any other thing!


Larissa Martin

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Sidnei Barreto: O Chaveiro



Hoje a contribuição é do querido Prof. Dr. Sidnei Barreto, vejamos:
Nesta semana (18 abril) em uma de minhas aulas de "Teoria do Discurso", tive um momento especial. Nunca duvidei da capacidade dos futuros professores que emergirão desta sala, mas, confessor, que tenho sido surpreendido por eles.
Obviamente, como amante de Algirdas Julius Greimas, não poderia me esquivar da utilização de suas contribuições para a compreensão do texto: o que ele “diz”, por que ele “diz” e como faz para dizer o que “diz”.

Após as aulas introdutórias para a compreensão da “Teoria Semiótica do Texto”, decidi, por meio de artigos diversos, evidenciar para os alunos até onde a Semiótica pode ir.
Até onde a Semiótica pode ir?

Cada aluno deveria compreender e apresentar em uma roda informal, que chamei de “roda de conversas semióticas”, o que compreendera de seu artigo, o que mais lhe chamou a atenção e se foi possível perceber até onde a Semiótica pode ir.
Vários foram os artigos trabalhados e vários foram os objetos desses artigos. Desde o discurso político, o texto musical, a fábula, a propaganda até o “Chat” foram assunto da nossa roda de conversas semióticas.

Surpreendeu-me o quanto que os alunos, autonomamente, foram capazes de aprender. Eu apenas os incentivara algumas aulas antes e, durante a roda de conversas semióticas, fiz mais um papel de mediador.

Eles, certamente, têm a chave.

Sidnei Barreto

Resposta ao professor:

O Chaveiro

Chegamos com uma chave simples,
Chave dentada de fechadura velha,
Fechadura das antigas ideias,
Ideias dos velhos velhacos mestres,
Mestres que não abriram as portas,
As portas do saber intrínseco
Que poderíamos abrir com a chave.

Então chaveiro, chegaste,
Chegaste para mudar as peças,
Peças da fechadura enferrujada,
Enferrujada, pois não abre a porta,
Porta que não recebe a chave,
Chave que já não serve na fechadura do tempo.

Enfim, o chaveiro ajustou a chave,
Chave que mediou a entrada do saber,
Saber que fornece autonomia,
Autonomia para abrir a porta.

Certamente, o chaveiro pode transformar a chave para abrir mais portas!!

Wagner Ortiz

Um abraço!

terça-feira, 14 de julho de 2009

Visões do Amor - Warttush e Jenário

AMOR EM ESTADO BRUTO - Jenário de Fátima

LAPIDAÇÃO - Mírian Warttusch

AMOR EM ESTADO BRUTO


O meu amor é algo complicado,
Pois é engenhoso, insubmisso, astuto.
É um segredo ainda não revelado
É um mistério vago, irresoluto.

O meu amor não fica emocionado,
Ao descompasso que do peito escuto
É um diamante ainda não lapidado
É feito a jóia, quando em estado bruto.

E este amor que tanto desconheço,
Que ora me eleva, ora me subestima,
Por qual me alegro e por qual padeço


Que me derrota, ou que me põe por cima,
É o sentimento ao qual eu pago um preço,
De ficar horas para achar-lhe a rima.

Jenário de Fátima

LAPIDAÇÃO

Vou dar-te a rima do amor que desconheces,

Pois este sentimento não é tão complicado.

Descobrirás segredos, tendo alguém ao lado,

Saberás que é por estar sozinho que padeces.

Te queixas assim, porque ficaste surdo,

Ao que teu coração queria descobrir:

Padecimento a dois, é bom de se sentir..

- Estar sozinho, sim, é triste... é absurdo -

Jóias da alma, brilham, então, no olhar,

Tão preciosas mostram, deslumbrantes,

Que se lapidam as almas, quando amantes,

Se entregam, felizes, mesmo por instantes...

E não têm preço esses momentos fulgurantes,

Que só merecem ter os que sabem amar.

Mirian Warttusch

Mírian musicou o soneto Amor Em Estado Bruto

de Jenário de Fátima

direitos FBN

PARCERIAS MARAVILHOSAS – MÍRIAN E JENÁRIO

http://www.orizamartins.com/poesias-jenario-mirian-ipe.html

http://www.orizamartins.com/poesias-jenario-mae-lavadeira.htm

http://www.orizamartins.com/poesias-jenario-mirian-andorinhas.htm

http://www.orizamartins.com/poesias-jenario-amo-mirian-tempestade.html

http://www.orizamartins.com/poesias-jenario-desejo.htm

http://www.orizamartins.com/poesias-jenario-mirian-punhal.htm

http://www.orizamartins.com/poesias-jenario-mirian-tempestade.htm

http://www.orizamartins.com/autores-jenario-de-fatima.htm

http://www.orizamartins.com

segunda-feira, 13 de julho de 2009

O causo do Cavalo e o Porco by Coronel Barbosa



Como diz nosso amigo criadô do brog, Bom Virtualis pro´ceis!

Sô o Coroner Barbosa, e vô contá um causos aqui pro´ceis. Num arrepare no palavrório, causodique nóis somo de Mir`Gerais, da roça mesm enãotamu acustumadicum brog naum. Causo qui sei qui oceis num vaum instranhá, mai pode pidi ajuda pra mó di intendê! O cumpadi Wagner vai postá o pai dus burro nosso, inté lá oceis vaum catanô mio. He he!

Vamuprocauso! Um fazendero, o cumpadi Genevár, gostav`dimais dums cavalu i só fartava ua raça di cavalu prêle cumpretá. Um dia eli, muito xereta, foi bisbiotá i discubriu quio seu vizinhu, nhô Terênço, tinha o danadu ducavalo. Ai ele atazanô, apurinhô, aturmentô o nhô Terênço inté cunsigui cumpra eli. U´mêis dispois ucavalu doeceu! Eli chamô o veterináriu qui proziô isso cum eli:

- Bem, seu cavalo está com uma virose brava. Então, é preciso que oSenhor dê este medicamento ao animal durante 3 dias. Depois do terceiro dia eu retornarei e caso o animal não esteja melhor será necessário sacrificá-lo.
Inum´é qui´u porcu Toresmu escuitava tudimdacunversa deles. Porcu danadu, sempri iscuitava as prosa du´zotro!

Bão, só sei qui nu dia siguinti déru, o mió, nhô Genevár deù midicamentu pro animar iforô simbora. O porcu bisbiotero, máera baumzim dimais, sim aproximô du cavalo i prosiô cuêle:

- Força cumpadi! Sialevanta daí, sinaum ocê vai murrê!!! Iscuitei tudim dus sinhô! Si ocê num miorá mórri!

Nusigundo dia, veio o sinhô cum a sinhora e dero u midicamentoi forô simbora. U porcu qui ficava sempri naiscuita siaproximô du cavalu i prosiô cuêle: - Vamu lá cumpadi, sialevanta sinaum ocê vai murrê cabocu! Vamu lá, ieu tiajudu a sialevantá... Upa! I nada!

Inutercero dia us sinhô déru u midicamento iu veterinário disse ãssim ó:

- Infelizmente vamos ter que sacrificá-lo amanhã, pois até agora não houve melhora e a virose pode contaminar os outros cavalos.

Quandu foru simbora, u porcu siaproximô du cavalu i prosiô:

- Cabocu, ocÊ trata di sialevantá logu! Coragem! Upa! Upa! Isso, divagarim! Comium cadim di capim, ãssim... agora tá mió... Tá mioranu mesm, vamu, um, dois, legar, agora maidipressa vai, sarta na carrera... Etâ cavalu baum sô... Ocê já sarô! Intaum diripenti udono chegô i viu u cavalu correno nu campu i assustado dimais gritô: - Vixi Nos`Sinhora! Milagre, môdique u cavalu miorô. Vemcávê issu muié! Isso m´rece ua festança nu arrair...

- Ié maridu, m´rece mesm!

- Intonse vamu matá u porcu!

Reflexão:

Oceis viru! Isso´conteci cum nóis né mesm. É dificir siapercebe quem é qui tem us mérito pelu sucessu.

É cumpadre Coronel Barbosa, "Saber viver sem ser reconhecido é uma arte!" "Se algum dia alguém lhe disser que seu trabalho não é o de um profissional,lembre-se: Amadores construíram a Arca de Noé e profissionais, o Titanic." Procure ser uma pessoa de valor, em vez de ser uma pessoa de sucesso.
Um abraço!



©Wagner Ortiz - 13 de julho de 2009 21:20


sábado, 4 de julho de 2009

Um novo Homolitteras



Bom Virtualis! Amigos tenho prazer de apresentar um grande talento das artes plásticas e das letras. O poeta, escultor e pintor Binha Verde Cristal, meu querido amigo. Auto-didata, teve a vida cheia de tumultos, apertos finaceiros e algumas doenças chatas. Mas ele ouviu o chamado artístico e começou a arte e mesmo que tardiamente manifesta um grande talento e paixão pela arte. Sua expressão com a poesia, pintura e pedra dura tem traços únicos, sobretudo na escultura, o corte e o movimento das peças. Suas pedras deixaram de ser as simples de pedreiro, profissão que exerceu por alguns anos, para ser as esculturas vivas e, de certa forma, pedras que sentem. Visitem e as adquiram obras.

http://binhaverdecristal.blogspot.com

Um grande abraço amigos!

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Saudade do Amor

Odalisca de Delacroix - Louvre

Bom virtualis! Desculpem o atraso desta postagem. Era pra ir ao ar ontem! Mas vamos lá...
Na postagem de hoje quem contribui é a professora e poetisa Larissa Maria Martin.
Nos convida a refletir sobre a saudade do amor. Aproveito o ensejo para apresentar-lhes o pintor romântico, mas nen tanto, Eugène Delacroix. Pintor francês (1798-1863), filho de um ministro-embaixador da França, teve vida abastada, além disso, diziam ser filho do príncipe Talleyrand, chanceler de Napoleão chamado "Diabo Coxo", era o mecenas do pintor. (isso diziam, pois era a cara do tal príncipe). Foi influenciado pelas obras de Rafael e Michelangelo e seu mestre Géricault, assim, por ter amado o classicismo e cultura grega herdada no renascentismo, não chegou ser um pleno romântico. Não deixava de visitar o Louvre para copiar os clássicos, assim o valor de sua arte está no resultado único que deixaram, pois quando a subjetividade, expressão, sensibilidade somadas a renovação se manifestavam nasciam obras primas indiscutíveis. Homem de vida extremamente tumultuada, já aos 13 anos escapara de morrer por estrangulamento, incêndio, afogamento, envenenamento e sufocamento. Conheceu Chopin, o pianista-compositor e pintou o célebre retrato do mestre sensibilíssimo.
Vamos a poesia de Larissa Marai Martin:

Sinto saudade do amor pelo qual sonhei,
Um sonho de vida plena, atemporal.
Sinto saudade do amor pelo qual chorei,
Um choro com sorriso na boca, contente.
Sinto saudade do amor pelo qual sofri de dor,
Uma dor doída no peito, da felicidade
Que de tão grande não se pôde acomodar
No espaço demasiado apertado de um coração.
Sinto saudade do amor sentido por cada parte
Do milagre frágil deste corpo transitório
Que se metamorfoseava em luz pela presença
Fugaz da mera respiração do ser amado.
Esse é o amor que me tem saudoso
E iluminado pela esperança que não chega de esperar
Por um suspiro teimoso que não encontra eco
ao soltar-se displicente, sem licença e sem censura.
É esse amor mesmo, pueril e incauto,
sem rédeas e sem rodeios, que tanto me faz falta.
E que falta! Falta daquilo que poderia vir a ser...
Pois o que o é, quisera eu assim não fosse
Raramente, quando se vai, deixa saudade.

(Larissa Maria Martin)